Era um lindo dia, o sol estava nascendo e as pessoas corriam para pegar o ônibus. Doroti entrou apressada no lotação, sacando rapidamente o dinheiro para pagar a sua passagem. Passou pela roleta e foi procurar um assento, pois estava grávida. Infelizmente, o ônibus estava lotado e não havia nenhum lugar disponível. Então, Doroti dirigiu-se educadamente a uma adolescente que estava sentada:
__ Por favor, garota, você poderia me ceder o seu lugar? Eu estou grávida e sinto enjoo e tontura quando viajo em pé.
__ Ah! Faça-me o favor! Dá para ver que isso é só gordura __ respondeu a adolescente grosseiramente.
Ofendida, Doroti dirigiu-se a um homem jovem que estava sentado segurando uma estatueta:
__ Vejo que o senhor gosta de estatuetas, pois segura essa peça com tanto cuidado...
__ Gosto, sim! Mas a senhora está me desassossegando ___ disse o rapaz com indiferença na voz.
__ Desculpe-me! Eu só queria um lugar para me sentar.
O rapaz fingiu que não ouviu. Doroti negra, vesga e grávida continuou viajando em pé, quase tastaviando de tontura. Ela já havia perdido a esperança de se sentar quando, de repente, um garoto de olhos castanhos, loiro e de pele bem branca disse:
__ Moça, você quer se sentar no meu lugar?
Nesse exato momento, uma lágrima rolou pelo rosto de Doroti. Com a voz embargada ela disse:
__ Obrigada, garoto! Você é muito gentil. Que Deus o abençoe.
Já sentada, Doroti pensava como existem pessoas tão egoístas, racistas e mal-educadas. Pessoas que não respeitam os lugares reservados aos idosos, às grávidas e aos deficientes físicos. Quanta discriminação!
Dez anos se passaram. A jovem adolescente que não cedeu o seu lugar à Doroti, atualmente está obesa. O homem que fingiu não ouvir o apelo de Doroti teve três filhos negros, um deles é vesgo.
Moral: Nunca julgue a capa, sem ler o livro antes.
Aluna: Juliane Cordeiro
7.ª série I – 13/02/2012
Extrapolação do tema: respeito e responsabilidade
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