Há
uns dois anos eu odiava a leitura, não queria nem saber dela. Eu achava que era
pura perda de tempo. Com isso, acabei baixando minhas notas em praticamente
todas as matérias escolares, sem contar os inúmeros erros ortográficos que eu
cometia cada vez que escrevia.
As
notas insatisfatórias no boletim fizeram com que meus pais tomassem uma atitude
mais rígida. Começaram a cobrar e a exercitar a leitura comigo em casa. Dessa
forma, eu tinha que ler um livro em determinado tempo para poder escolher
alguma coisa que eu gosto de fazer nos finais de semana, tais como: sair com as
amigas, ir ao cinema, balada, entre outras. Mas isso só aconteceria quando eu
terminasse de ler o livro.
No
começo, achei muito chato. Ficava até mal humorada, pois os livros não eram
muito pequenos. Com o passar dos dias, comecei a perceber que a leitura estava
enriquecendo o meu vocabulário. Os meus textos foram melhorando e já levava
menos tempo para escrevê-los. O tempo foi passando e as minhas notas melhoraram
em quase todas as disciplinas. Ah! Lembram daquele probleminha de ortografia?
Então, também melhorei nisso. Claro que alguns erros ainda existem, mas já
diminuíram bastante.
Nesse
momento, enquanto eu escrevia, a professora parou perto da minha carteira, leu
o que eu escrevi e perguntou:
─
Isso é verdade mesmo, Bianca?
─
É sim! ─ respondi. Em seguida, ela sorriu e disse:
─
Seu Sílvio é “ponta-firme” como diria
o personagem Grego da novela Paraisópolis.
Eu
sorri também e continuei escrevendo.
Outra
prova viva de que a leitura e a produção de textos valem a pena é o meu amigo
Marcelo. Ele tinha um problema quando escrevia seus textos: trocava a letra T pela letra D, e a letra V pela letra F. Eu e minha turma percebemos
que o Marcelo passou a praticar sistematicamente a leitura e a produção de
textos. A professora foi corrigindo e o Marcelo reescrevendo com dedicação. A
professora corrigindo e o Marcelo reescrevendo com dedicação... Até que um dia
desses a professora perguntou:
─
Marcelo, você já percebeu que não troca mais aquelas quatro letrinhas?
─
Percebi, professora. Só não sei desde que dia eu parei de trocá-las.
─
Qual foi o dia que você parou de trocar as letras, eu também não sei. Mas o importante
é que você se dedicou e persistiu até superar a sua dificuldade. Que bom que
esta sua vitória aconteceu aqui, no Ensino Fundamental. Você é um exemplo de
dedicação e superação para toda a turma.
Somos
testemunhas de que Marcelo sempre faz suas tarefas de produção de textos e,
segundo ele mesmo afirma, a cada produção encontra mais facilidade. Por isso
fica aí a dica:
─ Leitura e produção de texto não é chatice. É
investimento no seu autodesenvolvimento. É coisa para quem quer algo a mais.
Para quem se propõe a superar desafios. Vamos juntos em busca do sucesso?
Aluna:
Bianca
Aparecida Brugnago
Crônica
reescrita – 18 de outubro de 2015.
8.º
ano II - Disciplina: Língua Portuguesa – Prof.a Walterlin
Núcleo
Educacional Jornalista Hermínio Milis.
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