Acredito que o
celular poderia ser liberado para uso em sala de aula, pois ele facilitaria as
ações pedagógicas em vários aspectos. Em Matemática, por exemplo, os alunos nem
sempre trazem calculadora, mas sempre trazem o celular e poderiam acessá-la no
seu aparelho. Em Ciências, o celular pode ser usado em cálculos e pesquisas de
diversos temas. Em Inglês, nem sempre dispomos de dicionários ou tablets para
todos os alunos, poderíamos utilizar o tradutor do celular ou o dicionário
virtual.
O celular por si mesmo não prejudica o
processo de ensino e aprendizagem. Pelo contrário, o auxilia muito. O que
prejudica o processo de aprendizagem é o fato de os alunos não usarem o celular
corretamente, ou seja, não o utilizam como uma ferramenta pedagógica em sala de
aula para explorar ou pesquisar o tema que está sendo abordado pelo professor
ou professora. O celular poderia ser consultado em sala de aula com a permissão
da equipe docente, desde que houvesse ética, responsabilidade e comprometimento
por parte dos alunos com os seus estudos. Afinal, escola não é lugar para
simplesmente passar o tempo, mas sim lugar de aprendizagem, desenvolvimento e
formação humana.
A polêmica e até
mesmo a proibição existe porque, diariamente, o celular é usado indevidamente e
em lugares e momentos impróprios, causando diversos tipos de problemas e
conflitos. Já aconteceu até de um aluno gravar e compartilhar um áudio de uma
de nossas professoras, que estava alterada, num momento de estresse provocado
pela própria classe. A gravação foi feita de forma descontinuada,
descaracterizando, assim, o real contexto da cena. Naquele momento, o aluno
estava usando o celular de forma errada e tendenciosa.
Nas famílias e nas
escolas brasileiras é necessária uma revolução de valores. Antes de colocar um
celular na mão de uma criança ou adolescente, é necessário educá-los para o uso
criterioso, comedido, ético e responsável dessa tecnologia que muitos
benefícios e facilidades tornou possível à sociedade. Acredito que a solução é
educar para o bom uso, estabelecer limites às crianças e adolescentes e formar
pessoas de bom caráter, pois a maldade e a perversão estão no mau uso e na
libertinagem que tomou conta da sociedade brasileira nos últimos tempos.
Aluna: Kailaine Aparecida Borges
9.º ano II – Artigo de Opinião
Reescrito
Estagiário: Douglas Garcia dos
Santos – Supervisão: Prof. a Walterlin F.Kotarski
Disciplina: Língua Portuguesa –
04 de outubro de 2017