Na
Semana da Leitura, de 21 a 25 de outubro, o corpo docente do Núcleo Educacional
Jornalista Hermínio Milis mais uma vez se esmerou para motivar os seus alunos a
desenvolverem o hábito de ler. Na segunda-feira, a professora Walterlin surpreendeu
a plateia apresentando o décimo segundo volume da Coleção Prata da Casa,
contendo textos de diversos gêneros produzidos em aulas de Língua Portuguesa.
Ela declamou vários poemas, que chegaram a emocionar alguns alunos-autores
presentes no evento. O que mais admirei foi o carinho e a dedicação com que a
professora guarda os textos dos alunos no decorrer do tempo. Esse trabalho
maravilhoso registra a trajetória dos alunos na escola. Sem esperar, nos
deparamos com textos belíssimos dos quais já nem lembrávamos mais. Ao ouvi-los
ou lê-los novamente, mergulhamos no túnel do tempo de nossa aprendizagem.
Pensei o quão maravilhoso seria para os filhos ou filhas de ex-alunos poderem
encontrar textos que foram escritos por seus pais, quando ainda eram crianças.
A professora faz esse registro com o intuito de incentivar os alunos na difícil
tarefa de produzir textos. Assim, cria-se a oportunidade de deixarmos nosso
nome registrado nas memórias escolares. Os estudantes cujos textos fazem parte
da coletânea, com certeza, sentem-se orgulhosos pelo reconhecimento do esforço
empreendido na tarefa de aprender.
A
apresentação, pela professora Eliane, do discurso de Malala Yousafzai na ONU,
bem como do livro “Eu sou Malala” nos fez refletir como os estudantes brasileiros
desperdiçam o seu tempo de vida escolar. Vivemos num país democrático, cujo
direito à educação para todos está garantido pela Constituição Federal, no seu
artigo 205. No entanto, o dia a dia escolar no Brasil é precário e mal
aproveitado por milhares de crianças e adolescentes desmotivados e
desinteressados pela construção do seu aprender e saber. O estudo tem sido
nivelado por baixo por falta de vontade e de comprometimento de muitos
frequentadores de escolas. Malala tem razão. “Um lápis, uma criança e um
professor podem mudar o mundo”. Por outro lado, uma nação sem leitura,
sem estudo e sem cultura nunca alcança o seu pleno desenvolvimento e deixa
muito a desejar na qualidade de vida de seus cidadãos.
Um
verso do poeta Bráulio Bessa também me intrigou: “Um país desnutrido de leitura só
se salva comendo educação.” Realmente, o sistema de ensino do Brasil
precisa ser repensado e reestruturado, pois o grau de letramento do nosso povo
é fraco e insuficiente. Chega-se ao cúmulo de vagas de emprego terem que ser
ofertadas a estrangeiros por falta de brasileiros capacitados para exercê-las.
Nossa
escola, mais uma vez, fez a sua parte. Quando, enfim, teremos consciência para
bem desempenhar o nosso papel de estudantes?
Aluna:
Carla
Winter
9.º
ano II – Crônica reescrita – Tema: Apresentações da Semana da Leitura –
29/10/2019.
Disciplina:
Língua Portuguesa – Professora Walterlin F. Kotarski
Nenhum comentário:
Postar um comentário