A
reportagem “MENTES NÃO TÃO BILHANTES”, da revista Veja, informa
que o uso excessivo de celulares e computadores tem sido a principal causa da
regressão no QI – Quociente de Inteligência humana da população
jovem a partir do início do século XXI. Pesquisas apontam que a partir do ano
2000 países que tinham a sua população com QI em escala ascendente
passaram a registrar regressão na capacidade cognitiva de seus habitantes. Há
evidências de que o uso inadequado e exagerado de computadores e celulares está
prejudicando a aprendizagem e a evolução cognitiva dessa geração.
O
celular tem sido usado como um “acalma criança”. Vemos crianças
com menos de cinco anos passando a maior parte do dia grudadas a celulares e
isso está trazendo consequências ruins para o desenvolvimento cerebral delas.
Brincar de pega-pega, esconde-esconde, correr no gramado e muitas outras
brincadeiras saudáveis estão sendo vistas como “coisas de antigamente”.
Atualmente, muitos pais se perguntam: Por que deixar meu filho se “sujar”
lá fora ou "bagunçar" o quarto, sendo que ele pode ficar quietinho jogando no
celular? Depois de alguns anos, percebe-se que “o brincar lá fora”,
“o se sujar” ou “o bagunçar” o quarto fez muita
falta e, infelizmente, não tem como voltar atrás.
Parece
que as pessoas estão ficando hipnotizadas pelos celulares, passam mais tempo
manuseando os aparelhos do que convivendo com a própria família. Milhares de
usuários acham que com a internet a vida se tornou mais fácil, mas não é bem
assim. Para algumas coisas a tecnologia ajuda e muito, por exemplo, automação
de indústrias, aparelhos para apurar diagnósticos de saúde, aplicativos
bancários e tantos outros. Porém, não devemos achar que dependemos da
tecnologia para tudo, que não há vida sem ela. Afinal, a tecnologia foi
desenvolvida por cérebros humanos e não devemos permitir que ela impeça a
humanidade de continuar desenvolvendo a sua inteligência, pois a cada dia que
passa surgem mais problemas que precisam ser solucionados. O homem não pode se
tornar vítima de sua própria criação.
O
sinal de alerta foi disparado por estudiosos do assunto, cabe a cada um de nós nos
desvencilharmos das amarras tecnológicas e bem administrarmos o nosso tempo diário.
Precisamos encontrar tempo para ler, estudar, praticar atividade física, ter
horas de sono regular e conviver com amigos e familiares que estão ao nosso
redor. Precisamos continuar aprendendo e desenvolvendo nossa capacidade
cognitiva. Só assim seremos capazes de dominar a tecnologia em vez de sermos dominados
por ela. O grande segredo é redimensionar o tempo de nossas atividades diárias.
Não podemos ser prisioneiros de plataformas digitais e redes sociais. Mudando
nossos hábitos, mudaremos nosso destino. Ainda há tempo para revertermos a
involução do cérebro humano.
Alunas: Ana
Paula Vezzaro e Carolina Twardowski
9.º ano – Texto reescrito – 20 de outubro de 2021
Disciplina: Língua Portuguesa – Professora Walterlin
F. Kotarski
Extrapolação da reportagem “MENTES NÃO TÃO
BRILHANTES”
Fonte: Revista Veja, edição 2758, 06/out./2021,
págs. 54-59