Pesquisar este blog

segunda-feira, 20 de junho de 2022

O essencial "invisível"



Com sol ou com chuva lá vem o Coletor

correndo e juntando o nosso saco de lixo.

Ele é bom de arremesso e de salto no estribo,

ele corre o dia inteiro, mas passa despercebido.


O Coletor é humilde, mas muito necessário,

seu trabalho é insalubre e baixo o seu salário.

Seu corpo está sujeito a vírus e bactérias,

mas ele nem pensa nisso e ainda sofre pilhérias.


O Coletor de Lixo é transparente no dia a dia,

mas quando falta o seu serviço, 

a sujeira se espalha, o mau cheiro o denuncia,

o cidadão esbraveja, reclama e se angustia.


Mas se o Coletor adoece, bem poucos ficam sabendo.

Se não resiste e falece, o funeral é bem simples,

a família chora o luto e lá vem outro correndo, saltando,

juntando o nosso lixo e poucos se importam com isso.


Se um dia ao Coletor um poema é dedicado, 

ele nem fica sabendo, pois está sempre correndo, 

atarefado, juntando cada saco de lixo,

pois este é o seu ofício e o poema é arquivado.

 Então, o poeta silencia e a reflexão se esvazia 

nesse mundo conturbado.



Professora Walterlin F. Kotarski
Afinal, quem merece um poema?
“Pequenas reflexões transformam a Humanidade!”
Domingo, 19 de junho de 2022.

Nenhum comentário:

Postar um comentário