A
violência doméstica é um flagelo social que transcende a imaginação. Muitas
vezes o álcool é um ingrediente que agrava a violência no ambiente familiar.
Vivemos num país em que o acesso às bebidas alcoólicas é muito fácil e o
consumo é excessivo e diário.
O
álcool com o seu poder de desinibir e de alterar o comportamento humano, pode
intensificar emoções negativas e atos violentos. Infelizmente, muitos lares se
tornam lugar de conflitos, brigas e agressões quando há um alcoólatra na
família.
Muitas
vezes a ingestão de bebidas alcoólicas ocorre para fugir de problemas,
ansiedades, medos e baixa autoestima. O álcool entorpece, tira o foco do
problema e traz a falsa impressão de que tudo está bem. Em pouco tempo de consumo,
o álcool gera dependência e se torna um vício que vai deteriorando a vida do
seu dependente na família, no trabalho e no convívio social. O dependente não
aceita que o álcool faz aumentar a possibilidade de ações violentas e que
diminui a cada dia a probabilidade de resolução de seus problemas. O alcoólatra
geralmente é muito resistente à busca de ajuda para se livrar do vício. Na
maioria das vezes, não admite que a sua vida está conturbada e indo à
bancarrota por causa da bebida. Pelo contrário, ele assume a defesa do álcool,
como se este fosse a única “coisa boa” de sua vida.
No
Brasil, há poucas instituições para tratamento e recuperação de dependentes
químicos e a demanda é muito grande. Geralmente o tempo de internação é longo e
em condições precárias. Isto faz com que os dependentes rejeitem o tratamento
ou o interrompam antes de estarem aptos para receberam alta autorizada pelos
médicos.
No
ambiente familiar, é relevante reconhecer que o álcool geralmente não é a causa
principal da violência doméstica, mas ele ajuda a aflorar sentimentos e emoções
ruins que já estavam na mente do indivíduo, funcionando como um agente que
agrava uma situação pré-existente. Como o comportamento da pessoa alcoolizada
se altera, fazendo-a sentir-se forte, destemida e poderosa, a violência se torna
incontrolável e muitas tragédias acontecem.
É
fundamental que a sociedade brasileira busque minimizar a violência doméstica,
construindo uma convivência saudável e responsável nos relacionamentos e que
estes tenham como principal fundamento o amor e o respeito mútuo. Além disso, é
necessária a construção de novos padrões culturais, onde a presença e o consumo
de substâncias tóxicas, entorpecentes e nocivas à saúde sejam banidas e
rejeitadas no convívio social.
Penso
que o poder público, as escolas e as igrejas podem contribuir para que esta
mudança cultural aconteça, educando as crianças desde pequenas para que não
aceitem o consumo de substâncias nocivas à saúde física, mental e psíquica. Das
famílias devemos esperar o bom exemplo, abandonando o consumo de bebidas no
seio familiar. Assim, com certeza, haverá mais paz, respeito e menos
sofrimentos e traumas na vida de todos nós.
Aluno:
Natan Rodrigues Ribeiro
9.º
ano I – Artigo de Opinião Reescrito – 15/03/2024
Disciplina:
Língua Portuguesa