Caro leitor, chega! Eu não
suporto mais ouvir as mesmas coisas todos os dias. Conversinhas sobre hábitos
saudáveis, educação alimentar, dietas e quadros de fofocas em programas de
televisão. Parece que todo mundo quer mandar na vida da gente. Não coma isso! Não
beba aquilo! Compre isto! Experimente aquilo! Afinal, quem é a mídia para
comandar a vida alheia? Por acaso ela tem a pretensão de substituir o nosso
cérebro?
Se não tomarmos cuidado, passamos
a ser comandados por controle remoto. São tantos modismos, tantas regras,
tantas seduções e falsas promessas... Tanta correria e compromissos... Se
entrarmos na ciranda das exigências da vida moderna, não nos sobra tempo para
nada. É preciso que nos libertemos das pressões impostas pela sociedade capitalista
de consumo e pelo ritmo frenético da internet e da tecnologia. É bom tomarmos
as rédeas de nossa vida, fazermos as nossas próprias escolhas e estabelecermos
as nossas prioridades. Aprender a administrar bem o nosso tempo é fundamental.
Devemos ter em mente que o dia só tem vinte e quatro horas e que não somos
robôs programados para produção em série.
Acima de tudo, somos humanos. Além
de alimentar bem o nosso corpo, precisamos também nutrir o espírito e a mente.
É necessário darmos mais atenção aos nossos vínculos reais, à nossa família,
aos nossos amigos. A boa saúde não está relacionada apenas à boa forma física,
mas também à autoestima, à autoaceitação e à alegria de viver. Como é bom rir,
curtir a natureza, admirar um jardim florido e cumprimentar com um sorriso as
pessoas que encontramos em nossas jornadas.
Aproveitar a vida não é apenas
viver em função do relógio e de árduas obrigações. É importantíssimo reservar
um tempo para nós mesmos. Um tempo para viajar, para ler, para observar a lua e
as estrelas, para fazer uma caminhada, enfim, para fazermos algo que realmente
gostamos. O amor, o apoio e o respeito dentro da família são fatores
fundamentais para o equilíbrio e para a qualidade de vida de cada um. Lembremos
sempre que o caminho da felicidade pode apresentar vários obstáculos, mas não
permitamos jamais que as exigências da vida moderna destruam esse caminho e
anulem a nossa vida. Sejamos mais felizes. É fácil. Basta desconectarmos alguns
plugues e seguirmos mais os anseios de nossa alma.
Aluna: Daniele Aparecida Strucks
8.ª série I – 12 de novembro de
2013 – Crônica reescrita.
Extrapolação da crônica “Exigências
da vida moderna”, de Luís Fernando Veríssimo.
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