Na Rua Lina Forte é onde eu
vivo. Rua calma, poucos carros, poucas casas, poucas pessoas. Conheço todos os
moradores da minha rua. É um lugar simples, mas com muita história. Vivi ali
durante oito anos, mas estou prestes a me mudar.
Eu não gosto de morar nessa
rua porque é um lugar calmo, tão calmo que os vizinhos que não têm nada para
fazer, ficam olhando o que os outros estão fazendo. Isso me irrita, deixa-me
estressado. Não gosto de fofoca, nem de invasão à minha privacidade.
Todas as tardes, roda de
chimarrão e fofoca:
__ Comadre, sabia que a
filha da Ambrosina, de treze anos... Imagine você, de treze anos! Engravidou?
__ Não me diga, comadre! E
quem é o pai?
__ Dizem que é um
caminhoneiro casado. Imagine o drama, casado!
__ Nossa mãe do céu! Este
mundo está cada dia mais perdido. E a comadre tá sabendo que o nosso vizinho
Tibúrcio foi parar no SPC? Ele se
encheu de dívidas. Comprou computador, televisão plasma de 60 polegadas e uma
máquina de lavar roupa Brastemp, de 15 quilos. Não deu outra. Ele não conseguiu
pagar as prestações e foi parar no
SEPROC. Dizem que as lojas podem tirar as mercadorias dele, se não colocar
as prestações em dia até do dia 20.
__ Pois é, comadre. Tem
gente que não sabe se controlar. Sai gastando por aí, como se fosse milionário.
Depois, se ferra...
Sentiram o meu drama? Vivo
num lugar do qual não gosto, pois não há privacidade. Não vejo a hora de me
mudar.
Aluno: Weslley Greyson Kanigoski Briski
8.ª série I – 17/08/12.
Aprendendo a escrever crônica.
Professora Walterlin F. Kotarski.
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