Araucárias,
araucárias,
Ainda
ouço seus ais!
Tombando
indefesas
Diante
de serras mortais,
Depois
sendo transportadas
Por
guindastes colossais.
Troncos
grossos e carnudos
Em
tábuas transformados,
Serrarias
gigantescas
Nas
terras do Contestado.
As
serras em coro gritavam:
Lumber,
Lumber, Lumber...
Vagões
cheios rumo ao porto,
A
madeira transportavam.
Araucárias,
araucárias,
Ainda
ouço seus ais!
O
progresso, a ferrovia,
Imigrantes
instalados,
Sertanejos
excluídos,
Extrativismo
exacerbado.
Homens
mudam de ideias,
Querem
tudo muito rápido!
Asfaltos,
caminhões, aviões...
Adeus
ferrovia, já de pouca serventia.
Cem
anos depois, a ferrovia desativada,
Velhos
casarios e estações abandonadas
Parecem
fantasmas na região contestada...
Uma ou
outra gralha azul desencantada.
Araucárias,
araucárias,
Ainda
ouço seus ais!
Os
homens fazem as guerras,
Devastam,
modificam cenários,
E a
natureza padece
Por
causa dos perdulários.
Floresta
negra, árvores altas,
Copas
em forma de guarda-chuva,
Paisagem
nativa do passado,
Cadê a
araucária, o cedro e a imbuia?
Homens
também se arrependem,
Pensam
em voltar atrás,
Revivem
a história...
Bom
mesmo é saúde, natureza e paz!
Professora Walterlin F. Kotarski
Núcleo Educacional Jornalista Hermínio Milis
Tema: Guerra do Contestado - 1912/1916.
09 de abril de 2012.
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Objetivos deste Blog: 1 - Divulgar textos produzidos por alunos em aulas de Língua Portuguesa. 2 - Promover e incentivar a escrita, a leitura, a interpretação de textos e a análise linguística, recorrendo também a textos de escritores da literatura brasileira como recursos pedagógicos sem fins lucrativos.
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domingo, 19 de agosto de 2012
Extrativismo
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