Sexta-feira, trânsito
movimentado, clubes lotados, famílias saindo para aproveitar o fim de semana e
ele, sozinho. O que tinha no bolso não chegava a vinte reais. Precisava de
roupas novas, um bom par de tênis e saciar a fome que sentia. Mas o que fazer?
Sem dinheiro, sem família...
Caminhava desolado, quando
passava em frente a uma bela casa com piscina e um imenso jardim. Teve tempo de
observar o jovem casal que se dirigia ao carro sorrindo e cheio de
contentamento. Abriram-se os portões, saíram e os portões se fecharam novamente.
Naquele momento, maus
pensamentos passaram pela cabeça daquele homem que observava a casa do outro
lado da rua. Ele precisava de dinheiro urgentemente. Então, pegaria algumas
coisas de valor para vender... Não viu escolha. Precisava entrar naquela casa,
mas como? Em seguida, começou a planejar um esquema. Escalaria o muro, passaria
para o telhado, desceria pela lareira e precisaria agir rápido.
Escalou o muro na parte mais
próxima ao telhado. Era agora! Observou que não havia fogo na lareira. Era só
descer pela chaminé, pegar algumas coisas de valor e sair pelo telhado. Foi. À
medida que descia pela chaminé, o espaço ficava mais apertado. Nervoso como
estava, demorou a perceber que poderia ficar entalado. Enfim, notou que algo
estava dando errado. Não conseguia mais se mover, estava preso na chaminé.
Sentiu o coração bater acelerado, calor, medo, arrependimento. Afinal, seu
plano foi por água abaixo. Não tinha escolha. Tinha de esperar os donos da casa
chegarem e pedir socorro. Certamente, chamariam a polícia e ele teria de arcar
com as consequências dos seus atos. Teria que explicar o que estava fazendo
ali... Foi um vexame danado. Polícia, bombeiros, imprensa e muitos curiosos...
Ao sair da prisão, aquele
ladrão amador percebeu que o crime não compensa e decidiu seguir pelo caminho
certo, do qual nunca deveria ter saído. De bandido à vítima. Essa experiência
foi inesquecível e reparadora. Aquele homem provou do próprio veneno. Que lição
de vida, hem! Está certo aquele velho
ditado que diz: “Quem não aprende com amor, aprende pela dor!”
Aluna: Roberta Viznievski
8.ª série II – 11/06/2013
Crônica reescrita – Língua
Portuguesa
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