Tudo começou em
junho de 2012. Meu avô Aluísio começou a ter sérios problemas de pulmão,
coração e leucemia. Ah! Tudo o que você possa imaginar de ruim.
Passou junho,
passou julho e ele ficava a maior parte do tempo internado. Vovô voltou para
casa no dia 23 de agosto. A partir daí, ficou acamado. No dia 27 de agosto, eu
e meu irmão resolvemos levá-lo para dar uma volta em nosso sítio, de cadeira de
rodas. Ficamos surpresos quando o nosso cachorrinho pulou nele querendo
brincar. Em seguida, percebemos que todos os bichinos olhavam alegres para o
vovô. Parece que eles estavam pressentindo que aquele seria o seu último
passeio pelo sítio que ele tanto gostava.
No dia seguinte,
vovô acordou cedo, parecia feliz e pediu que o meu pai fosse comprar
refrigerante. Infelizmente, papai só trouxe o refrigerante à tarde. Ofereceu ao
vovô num copinho de canudo, pois ele não controlava mais os movimentos do seu
corpo. Vovô chacoalhou a cabeça negativamente, disse que a vontade tinha
passado, não queria mais.
Horas mais tarte,
eu estava no quarto com vovô, alguém me chamou no portão e eu fui atender.
Quando eu voltei, ele estava quase caindo da cama. Eu o coloquei no lugar
novamente. Um pouco mais tarde, cerca de
vinte horas, vovó estava cuidando dele e aí o inesperado aconteceu. Vovó gritou
desesperada:
__ Érica, o opa
parou de respirar!
Aí foi um caos. A
minha família entrou em choque. Choramos muito. Quando a funerária chegou, eu
não queria deixar que levassem o corpo do vovô, mas tive que me conter e eles o
levaram.
Até hoje eu tenho
guardado o folhetinho de homenagem que foi confeccionado para o funeral do meu
amado opa. Nele está escrito:
“A flor que depositais sobre o
meu túmulo murcha. A lágrima que derramais com minha lembrança se evapora.
Porém, a oração que por mim elevais a Deus penetra o céu e se coverte em
abundantes graças.”
Aluísio José Hoffer
*14/mar./1934
+28/ago./2012
Aluna: Érica
Luiza Hoffer
7.º ano I – 23
de junho de 2014.
Texto de
memórias – Língua Portuguesa
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