Bia
e Dudu se encontram na rua por acaso.
Bia: Oi, Dudu, tudo bem?
Dudu: Tudo bem! E você Bia?
Bia: Estou bem! Alguma novidade?
Dudu: Nenhuma e você?
Bia: Comecei a fazer um curso de
violão.
Dudu: Que legal!
Nesse
momento, Bia vê um cachorrinho sendo abandonado por uma mulher que o largou no
cruzamento, enquanto esperava abrir o semáforo. Em seguida, a motorista
arrancou em boa velocidade, deixando o cachorrinho desesperado e correndo atrás
do carro dela.
Bia: Olhe, Dudu! Que malvadeza!
Dudu: O que? Onde?
Bia: Lá na esquina. Aquele
cachorrinho acabou de ser abandonado pela motorista de um Ônix vermelho.
Dudu: Vamos lá socorrê-lo.
Em
poucos minutos os dois conseguem pegar o pequeno Basset, que estava com o coraçãozinho
disparado de tanto correr.
Bia: Que fofinho! Como é que alguém
tem a coragem de abandonar uma coisinha tão linda e tão indefesa?
Dudu: Pois é, como existem pessoas
cruéis neste mundo.
Bia: Eu queria tanto ficar com
ele, mas minha mãe não vai deixar, com certeza.
Dudu: Nem a minha.
Bia: Então, o que a gente vai
fazer com ele?
Dudu: Já sei! Vamos levá-lo para um
abrigo de animais.
Bia: Sim, que ótima ideia você
teve.
Caminharam
umas cinco quadras e chegaram a um abrigo de animais.
Bia: Boa tarde! O senhor pode nos
ajudar?
Seu
Francisco (atendente do abrigo): Claro, o que
precisam?
Bia: Gostaríamos que o senhor
acolhesse este cachorrinho que encontramos na rua.
Dudu: Queríamos ficar com ele, mas
nossos pais não vão permitir.
Bia: E não podíamos deixar o
coitadinho perecer lá no meio do trânsito ou passando necessidade abandonado.
Seu
Francisco: Vou
acolher o bichano. Afinal, estou aqui para isto. Ele é tão bonito, que logo,
logo alguém vai querer adotá-lo, com certeza.
Bia: Obrigada! O senhor é tão
generoso!
Seu
Francisco: De
nada, menina bonita! Pode me entregar o seu amiguinho peludo. Vou tomar conta
dele até alguém adotá-lo.
Dudu: Obrigado, seu Francisco. Bia,
vamos para casa antes que nossos pais fiquem preocupados com a nossa demora.
Seu
Francisco: Tchau!
Voltem quando quiserem.
Dudu: Voltaremos sim, para visitar
o nosso amiguinho. Vamos chamá-lo de Talismã?
Seu
Francisco:
Combinado. Talismã!
Bia: Tchau, seu Francisco. Nós
voltaremos.
Na
porta da casa de Bia...
Dudu: Até amanhã, Bia.
Bia: Até! Não se esqueça da nossa
visita ao Talismã.
Dudu: De jeito nenhum.
No
dia seguinte, à tarde...
Dudu: Bia!
Bia: Já estou indo!
Dudu: Tudo bem?
Bia: Sim, estou tão feliz.
Dudu: Também tenho novidade, mas,
conte-me primeiro o motivo de tanta felicidade.
Bia: Mamãe permitiu que eu adote o
Talismã. E você, o que conta?
Dudu: Também posso adotar um cão,
mas como sou cavalheiro cedo a você a preferência por Talismã.
Bia: Você é tão legal! Então,
vamos rápido. Estou muito ansiosa.
Quando
chegam ao abrigo de animais...
Dudu: Dissemos que voltaríamos...
Seu
Francisco:
Claro, fiquem à vontade.
Bia: Onde está o Talismã? Estou
com tanta saudade dele!
Seu
Francisco:
Sinto muito, filha. Nosso amiguinho foi adotado hoje cedo.
Dudu: O senhor acha que vão cuidar
bem dele?
Bia: Vão dar muito carinho a ele?
Seu
Francisco:
Sim. Uma família muito cuidadosa o adotou. Há duas meninas. Uma de 10 anos e a
outra tem mais ou menos a idade de vocês.
Bia: Tomara que o Talismã tenha
sorte. Eu vim aqui para ficar com ele, mas já que não é possível, gostaria de
escolher outro cãozinho. O senhor pode me mostrar alguns, por favor?
Seu
Francisco:
Claro, com todo o prazer. Venham comigo até o canil.
Dudu: Já escolhi o meu. Virei buscá-lo
hoje à noitinha com meu pai. É aquele Buldogue ali. Aquele filhote. Lá em casa
há um pátio bem grande, há espaço para fazer um bom canil.
Bia: Eu quero um menorzinho. Deixe-me
ver... Já sei! Aquele Pinscher pretinho ali no canto. Venha aqui Biscuit, venha!
Seu
Francisco: Vá
me dizer que o seu cãozinho acabou de ganhar um nome?
Bia: Sim, ele é tão pequenino. Acho
que combina bem com ele: Biscuit!
Eu vou levá-lo comigo agora. As vacinas dele estão em dia?
Seu
Francisco:
Sim, eu vou entregá-lo com seus respectivos documentos. Também vou registrar o seu
endereço, Bia, o nome de seus pais, contato, etc., em nosso Livro de Controle.
Dudu e Bia saem do
abrigo carregando Biscuit numa sacolinha e seus documentos num envelope
amarelo.
Dudu: Logo mais, eu voltarei
apanhar o meu Buldogue.
Bia: Tchau, seu Francisco. Que
pena que eu não pude adotar o Talismã.
Dudu: Mas ele teve sorte. Ontem,
ele quase foi atropelado.
Bia: Não vejo a hora de chegarmos
em casa para eu mostrar o meu Biscuit para a mamãe e, depois, brincar com ele
até cansarmos. Ele é lindo, não?
Dudu: Você é muito coruja, Bia. O
meu Buldogue também é muito fofo.
Quando
chegaram à casa de Bia...
Dudu: É a sua prima Júlia, aquela garota,
Bia?
Bia: É sim! É a Júlia! Ela veio me
visitar.
Já
no pátio da casa...
Júlia: Bia, tenho uma surpresa! Venha
ver!
Bia: O que é? Estou curiosa.
Júlia: Adotei um Basset hoje de manhã.
Seu Francisco disse que ele já tem nome, que se chama Talismã!
Dudu
e Bia se entreolharam sorrindo. Afinal, perceberam que poderiam continuar
mantendo a amizade com Talismã.
Bia: Mal posso acreditar. Vamos
poder vê-lo quase sempre? Que bom!
Dudu: Meninas, vocês me deem licença
porque eu ainda tenho algo muito importante para fazer hoje. Adotar o meu
Buldogue. Amanhã a gente se fala com mais calma. Beijos! Tchau.
Meninas: Tchau, Du!
Enquanto
os cãezinhos abanavam seus rabinhos e não paravam de se farejar, prevendo o início
de uma grande amizade e de muitas brincadeiras, Bia contou à Júlia como havia
conhecido Talismã no dia anterior e o motivo de ter ficado tão feliz ao revê-lo.
A
partir daquele dia, Dudu e Bia, sempre que podem, vão à casa de Júlia visitar a
amiga e o cachorrinho por quem se apaixonaram à primeira vista.
Seria
tão bom se mais pessoas cooperassem
adotando animais abandonados. Assim, não haveria tantos bichinhos abandonados à
própria sorte perambulando famintos e sem destino pelas ruas.
Como
disse seu Francisco:
“Cooperar com a defesa, proteção e preservação de todas as espécies de animais é
um dever de cada cidadão.”
Alunas:
Bruna Ferreira de Mello
Isabella Ruda dos Santos
Jaqueline Silveira Ulinik
Marcelle Cristina Nicolak de
Araujo
8.º ano I – 18 de março de
2015.
Concurso de peça teatral
promovido pela COOPERALFA
Tema: A cooperação como ferramenta para o desenvolvimento da cidadania.
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