Certo dia, Bettina
estava navegando no facebook quando ouviu sua mãe chamá-la.
__ Bettina!
Bettina!
__ O que é mamãe,
já estou indo.
Lúcia
(mãe de Bettina):
Eu preciso que você vá até a Loja
Camarada renegociar o meu crediário. Peça mais dois meses de prazo.
Diga-lhes que eu gostaria de fazer uma doação para a Casa do Amor Fraterno, mas não tenho recursos suficientes para
fazer a doação e pagar as prestações simultaneamente.
Bettina: Será que a loja vai aceitar a
sua proposta? Eu vou tentar, mas não garanto nada, mãe. Vou tentar ir com a
lotação das 15 horas.
Lúcia: Então, seja rápida, pois está
em cima da hora.
Infelizmente,
Bettina não conseguiu chegar a tempo no ponto-de-ônibus. Então, decidiu ir ao
centro a pé sob um calor de 30 graus, quando, de repente, seu vizinho passou de
carro e lhe ofereceu carona. Bettina aceitou, aliviada, e dez minutos depois já
estava em frente à loja.
Bettina: Obrigada, seu Júlio. Sua
carona me caiu do céu. Se eu viesse a pé, chegaria aqui frita ou teria uma
insolação.
Júlio: Não precisa agradecer. Foi um
prazer ajudá-la. Tchauzinho!
Bettina entra na
loja e uma vendedora vem atendê-la.
Vendedora: Boa tarde! Em que posso
ajudá-la?
Bettina: Boa tarde! Mamãe pediu para
eu vir aqui renegociar o prazo do crediário dela. Posso falar com o gerente?
Vendedora: Sim, acompanhe-me até o
escritório, por favor.
Chegando ao
escritório...
Vendedora: Seu Carlos, há uma cliente
que precisa falar com o senhor, pode atendê-la?
Carlos: Sim, faça-a entrar, por
favor.
Bettina: Boa tarde, seu Carlos.
Lembra-se de mim? Eu sou a Bettina, filha da Dona Lúcia Resende. Mamãe está
trabalhando e pediu para eu vir renegociar o prazo do crediário dela.
Carlos: Qual é o motivo da
renegociação?
Bettina: Bom, seu Carlos, o salário da
mamãe não é dos melhores, como o senhor sabe, e ela gostaria muito de colaborar
com a campanha que está sendo realizada em benefício da Casa do Amor Fraterno, que já está na fase final de construção. Só
há um pequeno detalhe: mamãe não poderá pagar as prestações e fazer uma doação
ao mesmo tempo. Por isso, ela está pedindo uma prorrogação de dois meses no prazo do crediário.
Carlos: Ah! Então é por uma boa
causa. Deixe-me verificar o histórico de Dona Lúcia, como cliente desta loja.
Seu Carlos
verifica, no computador, o cadastro e o histórico de pagamentos de Dona Lúcia
e, depois, responde.
Carlos: Verifiquei que Dona Lúcia é
nossa cliente há 12 anos e que sempre pagou suas obrigações rigorosamente em
dia. Sendo assim, vou dar um voto de confiança a ela, estendendo o prazo do
crediário por mais dois meses.
Bettina: O senhor nem imagina como
mamãe vai ficar contente em poder cooperar com uma obra benemérita, seu
Carlos. Eu nem sei como lhe agradecer.
Carlos: Bettina, neste mundo nem tudo
é perfeito. Para estender o prazo há um custo financeiro correspondente aos
juros da renegociação.
Bettina: Logo vi que estava bom demais
para ser verdade. Como é difícil ser pobre, honesto e caridoso neste país.
Carlos: Calma, Bettina, não desanime
antes da hora. Você sabia que eu também estava pretendendo fazer uma doação
para a Casa de Amor Fraterno?
Bettina: Verdade? Que bom! Quanto mais
gente cooperar, melhor será para os doentes que precisam de uma instituição
como essa.
Carlos: Pois é, filha, só que a minha
doação vai ser de forma indireta. Como a financeira não perdoa juros a ninguém,
sua mãe doa para a campanha e eu pago à financeira o valor correspondente aos
juros da renegociação do crediário dela por mais dois meses. Tudo bem?
Bettina: Seu Carlos, eu estou sem
palavras. Jamais imaginei que o senhor tomaria esta decisão. Creio que Deus
está agindo na consciência das pessoas para viabilizar a conclusão desta obra
tão necessária aos doentes que precisam tanto de ajuda na hora da dor e do
sofrimento.
Carlos: Pois é, Bettina, a minha
esposa costuma dizer que o mundo não acaba porque no meio de tanta violência,
maldade e egoísmo sempre se encontra um ou outro coração generoso que faz por
merecer a misericórdia e o perdão divino.
Bettina: Mamãe pensa da mesma forma. O
senhor vai tomar todas as providências necessárias? Afinal, nada pode dar
errado. O senhor sabe como a mamãe é honesta e gosta que as coisas sejam feitas
sempre de modo correto.
Carlos: Sim, Bettina, pode ir
tranquila. Eu cuidarei de tudo, pagarei a diferença dos juros, conforme lhe
prometi e Dona Lúcia pagará as prestações no novo prazo renegociado.
Bettina: Sei que posso confiar no
representante desta loja. Afinal, somos clientes há tanto tempo e nunca tivemos
problemas. Espero que continue assim. Mais uma vez obrigada, seu Carlos, tenha
um bom final de tarde.
Carlos: Até breve! Volte sempre.
Bettina foi para o
ponto-de-ônibus com o seguinte pensamento: “Quando existe união, compreensão e
cooperação a cidadania está protegida.”
Aluna:
Amanda Caroline Feyh
7.º ano I – 19 de março de
2015.
Concurso de peça teatral
promovido pela COOPERALFA
Tema: A cooperação como ferramenta para o desenvolvimento da cidadania.
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