Na
adolescência, garotos e garotas criam o seu próprio mundo. Às vezes fazem
escolhas equivocadas. Uns enveredam pelos caminhos do sucesso, outros pelos
caminhos dos vícios e dos perigos.
Juliano: Fala aí galera, como vão?
Giba: Vichi, cara. Tá mal. Nós
conhecemos um grupo que é muito gente boa. Chegue lá qualquer hora.
Juliano: Não sei não, Giba. Ouvi dizer
que eles roubam e se drogam.
Jorge: Nós sabemos, mas é bom.
Juliano: Ah, sei lá gente!
Alguns
dias depois, Juliano começou a aparecer no grupinho do crime. Lá se drogavam e
faziam pequenos furtos para manterem o vício do crack e outras drogas.
Certo
dia, o pai de Juliano chegou em casa e o encontrou revirando as gavetas à
procura de dinheiro.
Juliano: Pai, me dá grana pro lanche!
Pai: Mas, filho, eu te dei R$
50,00 reais ontem!
Juliano: Sim, mas alguns colegas não
trouxeram lanche e eu quis ajudá-los.
O
pai pensou um pouco, mas acabou dando mais R$ 20,00 para Juliano. Mal sabia ele
que o filho já estava viciado. Alguns dias depois, começaram a desaparecer
algumas joias da mãe de Juliano.
Dona
Sandra (mãe de
Juliano): Joaquim, você acredita que já sumiram aqui de casa uma pulseira, um
relógio de pulso e um par de brincos? Já procurei por tudo e não encontrei.
Joaquim (pai de Juliano): Será que
entrou algum ladrão aqui em casa?
Em
seguida, Juliano chegou em casa com um sangramento.
Joaquim: Meu Deus, filho, o que houve?
Juliano: Não é da tua conta, velho
enxerido!
Joaquim: Vamos ao médico agora!
Juliano: Eu não vou a médico nenhum!
__ e derrubou o pai com um empurrão violento.
Quando
amanheceu, seu Joaquim percebeu que Juliano escondeu algo em uma cômoda, no
quarto. Seu Joaquim esperou Juliano sair e foi ver do que se tratava. Descobriu
que era um cachimbo improvisado para consumir drogas.
No
fim do dia, Juliano percebeu que o cachimbo não estava no lugar onde ele o
havia deixado. Ficou nervoso e agrediu o pai.
Juliano: Caramba! Cadê o meu cachimbo,
seu veio metido?
Joaquim: Pare! Pare de me agredir,
senão eu revido!
Juliano: Me dá o meu cachimbo, seu
desgraçado!
Seu
Joaquim não cedeu e Juliano fugiu de casa. Ficou dois meses sem aparecer. Seu
Joaquim e Dona Sandra na maior agonia, procurando em tudo quanto é lugar e
nada. No terceiro mês, Juliano reapareceu em casa com uns desconhecidos.
Joaquim (triste e abatido): Quem são
vocês? O que fizeram com o meu filho?
Daniel (um adolescente): Fique
tranquilo seu Joaquim. Nós somos o grupo que está curando o seu filho. Somos
ex-usuários de drogas e estamos tentando ajudar o Juliano a se livrar do vício
como nós.
Edu: Seu Joaquim, aceite seu filho
de volta em casa. Coopere conosco. Temos certeza de que o Juliano tem salvação.
Já faz um mês que ele está limpo e frequentando as reuniões do nosso grupo de
apoio. Ele se afastou daquele grupinho “barra pesada” com quem andava.
Juliano: Pai, eu estou arrependido.
Estou me esforçando para largar o vício. Ajude-me, por favor!
Joaquim: Claro, filho! Pode contar
comigo. Você aceita ajuda médica?
Juliano: Com o seu apoio e desses meus
amigos, aceito. Assim me dá coragem de enfrentar a vergonha de ter mergulhado
nas drogas.
Dona
Sandra: Se
você quer se recuperar, filho, conte conosco.
Daniel: Ele será um bom filho outra
vez. O senhor vai ver, seu Joaquim!
Um
ano se passou, Juliano cumpriu a promessa, continuou o tratamento médico e as
reuniões com o grupo de apoio. Recuperou a autoestima, tornou-se confiável e de
boa índole novamente, encontrou até uma namorada bonita e simpática.
Juliano: Daniel e Edu, eu quero
agradecer a vocês, de coração. Vocês cooperaram muito comigo, foram pacientes,
acreditaram em mim. Posso dizer que, hoje, vocês são os meus melhores amigos.
Nem sei o que seria de mim se eu não os tivesse encontrado.
Edu: Não precisa nos agradecer,
Juliano. Nós fizemos por você aquilo que outros fizeram por nós. Graças a Deus,
ainda há gente boa neste mundo. Ainda há lugar para o bem, para a paz e para a
virtude. Esse Deus maravilhoso está sempre nos abençoando, nos amando e nos
defendendo do mal. Basta abrirmos o nosso coração para o bem e o nosso Pai do
céu faz tudo por nós.
Dona
Sandra:
Filhos, venham tomar um suco de laranja! Está bem geladinho e gostoso.
Daniel: Obrigado, Dona Sandra. Não
precisava se incomodar conosco.
Dona
Sandra:
Incômodo são as drogas e as más companhias. Vocês são a alegria da minha vida,
meninos.
Alunos:
Lucas Ribeiro dos Santos
Marcos Roberto Fernandes Banak
Luiz Eduardo Habas Pimentel
Leandro Eggers Bilenki
9.º ano – 17 de março de 2015.
Concurso de peça teatral
promovido pela COOPERALFA
Tema: A cooperação como ferramenta para o desenvolvimento da cidadania.
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