Na
sala de aula do 9.º ano, a professora de Língua Portuguesa está concluindo uma
explicação sobre direito e cidadania.
Prof.ª
de Português:
Pessoal, é preciso que vocês entendam que a cooperação entre os cidadãos é muito importante num estado
democrático. Imaginem que os direitos e os deveres de cada cidadão estejam
representados no espaço correspondente a um quadrado. Se cada cidadão cumprir os
seus deveres e exercer os seus direitos sem transgredir nem invadir o direito
de outro, a sociedade conviverá em paz e harmonia. Lembrem-se sempre do que vou
lhes dizer agora: “O direito de uma
pessoa termina onde começa o direito de outra pessoa. O respeito ao direito de cada um é que torna possível a organização
da sociedade democrática. O direito impõe limites às ações de cada indivíduo e
as leis devem ser cumpridas.”
Prof.ª
de Português: Então,
pessoal, vocês entenderam o que significa cada pessoa viver dentro do quadrado de seus direitos e deveres?
Turma: Sim!
Prof.ª
de Português:
Então, quais são os seus direitos e os seus deveres na sala de aula? Ou, melhor
dizendo: O que representa o “quadrado”
ou os limites de vocês?
Daniel: Deixe eu responder, professora!
Prof.ª
de Português:
Diga, Daniel! Silêncio! Vamos ouvir, por favor!
Daniel: O nosso direito termina onde
começa o direito do nosso colega. E para que haja um ambiente melhor na sala de
aula, com mais aprendizagem e boa convivência, não devemos extrapolar os
limites do nosso direito. Por exemplo, quando alguns alunos fazem bagunça e
atrapalham uma aula, estão ferindo o direito dos demais colegas, que escutam
cantilenas injustas da professora, perdem a concentração no tema e têm sua
aprendizagem prejudicada.
Prof.ª
de Português:
Parabéns, Daniel! Você deu uma ótima explicação.
Bateu o sino e a aula de
Português terminou.
Prof.ª
de Português:
Espero que vocês guardem estes ensinamentos para a vida de vocês. Tchau! Até a
próxima aula.
A professora de Matemática
entrou na sala.
Prof.ª de Matemática: Bom dia, alunos!
Turma: Bom dia!
Prof.ª de Matemática: Vou fazer a chamada, fiquem
em silêncio!
A
turma, que fazia bagunça, ficou em silêncio.
Prof.ª de Matemática:
Alan, Carolina,
Daniel, Danieli, Gerúndio, Jéssica, João, Júlia, Natália, Luan...
João: Luan, você virá ao Projeto do
Meio Ambiente hoje à tarde?
Júlia: Ei, menino, fique quieto!
Prof.ª
de Matemática: Silêncio,
turma! Eu preciso ir até a sala dos
professores apanhar um material, mas já volto. Enquanto isso, vão fazendo os
exercícios da página 12, do número 01 ao 10.
A professora saiu da sala e
começou uma bagunça generalizada. Uns jogavam bolinhas de papel, outros iam até
a porta, outros derrubavam cadeiras...
Júlia: Head shot, boys!
Coral de risadas e vaias.
Alan: O que acha deste catiripapo?
- (tapa na orelha de João).
João: Ah, seu filho da mãe! Você me
paga.
Júlia: Por favor, fiquem quietos!
Façam a tarefa!
Alan: Deixe de ser boba. A
professora “vazô”! É bagunça geral.
Júlia: Preciso me concentrar! Não
sou boa em Matemática. Como a professora de Português disse: “Cada um no seu quadrado!”
João: Tô nem aí! Vá se...
A professora de Matemática
retornou à sala de aula.
Prof.ª
de Matemática: Vá
se “ o quê”, João?
João: Nada demais, professora. Vá
se concentrar __ eu falei.
Prof.ª
de Matemática:
Então, estão conseguindo fazer a tarefa?
Turma: Nãããooo!
Prof.ª
de Matemática:
Então, vou dividi-los em duplas. Danieli e Alan; Daniel e Lúcia; Jéssica e
Gerúndio; João e Julia...
João: Sai fora! Eu não vou fazer
tarefa com essa “nerd”.
Prof.ª
de Matemática:
Ei, olhe o respeito com a colega, João!
João: Mas, professora...
Prof.ª
de Matemática:
Mas, nada! Juntem-se rápido!
As duplas se juntaram.
Júlia: Um ajuda o outro, beleza?
Alan: Tudo bem! Fazer o quê?
Jéssica fala para a dupla ao
seu lado, Daniel e Lúcia.
Jéssica: Não tô entendendo nada, e
vocês?
Lúcia: Também não! E agora?
Júlia ouviu a conversa dos
colegas e trocou uma ideia com João.
Júlia: Ei, João, que tal pedirmos
para a professora nos deixar ajudar as outras duplas?
João: Ah, sei lá. Faça o que você
quiser.
Júlia e João foram pedir à
professora autorização para auxiliarem os demais colegas. A professora permitiu
e os dois passaram a ajudar os outros grupos.
Gerúndio: “Assa!” Não sei a número 2, João.
Júlia: Ah, mas eu sei! Já ajudo
vocês.
Jéssica: Nós também queremos que você
explique, Júlia.
Júlia: Ok! Atenção pessoal! Vocês
somam este 2 com este 205, depois diminuem 186 e dividem por 2. O resultado
será 10,5. Entenderam?
Duplas
auxiliadas (Gerúndio
e Jéssica / Daniel e Lúcia): Sim! Valeu, Júlia.
Todos os grupos terminaram a
tarefa.
Júlia: Professora, todos já
terminaram a tarefa.
Prof.ª
de Matemática:
Já, parabéns!
Jéssica: Terminamos porque um cooperou
com o outro. Aí, ficou mais fácil. Bem que a outra professora disse que tudo
funciona melhor quando há cooperação de cada cidadão, seja ele um homem ou um
estudante.
Turma: É isso aí! A cooperação é essencial na convivência e
no exercício da cidadania!
Júlia: Viram como a história do “quadrado” dá certo? Então, professora,
a senhora nos deixa ensaiar uma paródia que fizemos? Queremos fazer uma
surpresa para a professora de Português. Que tal? Deixa, por favor! Deixa!
Prof.ª
de Matemática:
Está bem, eu deixo. Caprichem! Quero ver se essa paródia ficou boa mesmo.
Júlia
e Jéssica:
Obrigada, professora! Você é gente boa. Então pessoal vamos nos organizar. Todos
concentrados?
Jéssica: Atenção senhoras e senhores,
temos o prazer de lhes apresentar o musical: (pausa) - Cooperação e Cidadania!
Toda a turma participa da
coreografia. O refrão é cantado por todos e as estrofes por aqueles que tiverem
maior dom para o canto ou recitação no ritmo funk ou rap.
Musical:
Cooperação e Cidadania
Ado, ado,
ado,
Cada um no
seu quadrado!
Não transgrida,
não invada,
Cada um tem
seu direito.
Respeite o
seu limite
E conviva
com respeito!
Ado, ado,
ado,
Cada um no
seu quadrado!
A escola dá
trabalho,
Mas promove
a educação.
Cada um
aprende mais,
Quando há
cooperação!
Ado, ado,
ado,
Cada um no
seu quadrado!
Ambiente bem
tranquilo,
Todo mundo à
vontade.
Cada um se
respeitando
E curtindo a
amizade!
Ado, ado,
ado,
Cada um no
seu quadrado!
O meu
direito
É igualzinho
ao seu.
Não invada o
meu,
Que eu
respeito o seu!
Ado, ado,
ado,
Cada um no
seu quadrado!
A paz na
convivência
Se constrói
cooperando.
Cada um com
seu direito,
Sempre
alerta, vigiando!
Ado, ado,
ado,
Cada um no
seu quadrado!
Faça bem a
sua parte
Como amigo e
cidadão,
Pois no
mundo há problemas
Aguardando
solução!
Ado, ado, ado,
Cada um no seu quadrado!
Não fique nunca à margem,
Entre agora em ação,
Pois só há cidadania,
Quando há cooperação!
Ado, ado, ado,
Cada um no seu quadrado!
Democracia é bom,
Quando há interação.
O direito impõe limite,
E o dever obrigação!
|
Ado, ado,
ado,
Cada um no
seu quadrado!
Repudie a
corrupção,
Cumpra a
legislação.
Cidadão
politizado,
Não permite
ser lesado!
Ado, ado,
ado,
Cada um no
seu quadrado!
E você, que
é político,
Faça bem o
seu trabalho,
Seja honesto
e ilibado,
Honre o voto
e o erário!
Ado, ado,
ado,
Cada um no
seu quadrado!
A cooperação
É o coração
da cidadania,
E o respeito
às leis
Consolida a
democracia!
Ado, ado,
ado,
Cada um no
seu quadrado!
Está mais do que
na hora
De se unir e
cooperar
A moral e a
honestidade
É preciso
resgatar!
Acabar com a
impunidade
E o direito
triunfar!
Ado, ado, ado,
Cada um no seu
quadrado!
Brasileiros
bem unidos
Vigiando os
seus eleitos,
Trabalhando e
se educando,
Nossa pátria
ainda tem jeito!
Ado, ado, ado,
Cada um no seu
quadrado!------------------------------------------ Original: Dança do quadrado Sharon Acioly Sharon Axé Moi |
Alunos:
Alex Marinho Dalpra
Andressa Maria dos Santos
Jhenifer Janaína Sott de Ramos
Vanessa Gabrieli dos Santos
9.º ano – 13 de março de 2015.
Concurso de peça teatral
promovido pela COOPERALFA
Tema: A cooperação como ferramenta para o desenvolvimento da cidadania.
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