É
fato que a tecnologia revolucionou e proporcionou uma série de avanços nas mais
variadas áreas como, por exemplo, Saúde e Educação. Porém isso não agrada a
todos. Este fato não trouxe somente soluções, mas sim inúmeros problemas para a
sociedade. Entre eles, a Cybercondria, uma doença causada pelo vício digital e
pela má utilização da internet, que causa consequências nefastas. Cabe
ressaltar que essa doença se agrava por conta da imensa dependência das pessoas
à internet e também porque milhares de pessoas estão expondo a sua saúde em
risco ao consultar sites e blogs sobre sintomas de doenças e acabam se
automedicando com base em sugestões ali encontradas, sem consultar um médico
para apurar o real diagnóstico.
Segundo
pesquisas da Faculdade IDE, no Brasil, cerca de 76% da população possui o
hábito da automedicação intuitiva, propiciada pelas infinitas possibilidades da
internet. A mesma pesquisa aponta que uma senhora desenvolveu grave anemia após
mudar radicalmente sua alimentação depois de ter pesquisado sintomas na
internet e ser levada a crer que apresentava intolerância ao glúten e à
lactose.
Outro
estudo, realizado pelo Instituto Ipsos, juntamente com a London School of
Economics, revela que 86% dos internautas brasileiros pesquisam assuntos
relacionados à saúde, porém apenas um quarto certifica-se de que a fonte é
confiável. Já nos Estados Unidos, de acordo com relatório do Pew Research
Institute, 66% das buscas na internet sobre saúde são, na verdade, de
internautas que querem saber mais sobre doenças.
Diante
dos dados apontados, pode-se perceber que a Cybercondria é causada pelo próprio
usuário, que insiste na má utilização da internet e não investiga a
credibilidade das fontes consultadas. Embora a maioria dos sites que tratam de
temas relacionados à saúde, a doenças e a medicamentos alerte que as
informações ali contidas são somente informativas e que um médico deverá ser
consultado, milhares de pessoas ignoram e são influenciadas a tomar decisões
que podem ser perigosas e danosas à sua maior riqueza, que é a saúde. Portanto,
é importante que as escolas, por meio de palestras, conscientizem e alertem
crianças, adolescentes e adultos a respeito dos riscos a que podem expor a
própria saúde ao substituírem a consulta médica pela consulta à internet. Além
disso, também as Secretarias Municipais de Saúde e a ANVISA - Agência Nacional
de Vigilância Sanitária deveriam implementar políticas de conscientização e
controle mais rígido de medicamentos, de modo a evitar danos à saúde da
população brasileira.
Aluna: Gabriele
Schwartz Corrêa
9.º ano I – Texto dissertativo-argumentativo reescrito
– Data: 17/06/2019
Tema: Cybercondria
Professora: Walterlin F. Kotarski
Núcleo Educacional Jornalista
Hermínio Milis
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