Estava eu tentando me
inspirar para escrever a minha primeira crônica. Não sabia exatamente que
assunto abordar e também estava ansioso, pois reconheço que não tenho muita
habilidade para lidar com palavras, ainda mais numa crônica.
Então, resolvi dar
uma volta de bicicleta para ver se vinha alguma ideia original, algum assunto
interessante sobre o qual escrever. Pedalei até a BR 280 e senti vontade de
parar e apreciar a natureza e a vida que ela contém. Naquele silêncio impressionante a natureza
interagia comigo. Estávamos ali, eu e ela, ventilados por aquela brisa suave ao
cair da noite. Naquele momento, tentei buscar um entendimento sobre as coisas
que estavam acontecendo em minha vida. Qual seria o sentido daquilo tudo?
Lá havia alguns sons
produzidos por grilos, por um cavalo e pelas folhas das árvores que dançavam ao
som do vento. Sem que eu percebesse, deixei de pensar na minha vida e comecei a
refletir sobre o que estava vendo, ouvindo e sentindo naquele lugar. Por que os
grilos produzem aquele som somente à noite? Acredito que esse é o modo de eles
encontrarem a paz e de conversarem com os outros elementos da natureza que
estão próximos a eles. É a maneira de eles se conectarem com outras vidas.
Percebi que o som dos grilos, à noite, vem compor a melodia da natureza junto
com o vento e o balanço das árvores. Agucei mais os ouvidos e escutei uma
música esplêndida, que poucos têm o privilégio de ouvir e refletir.
Logo depois,
perguntei-me outra vez: Qual seria o papel do cavalo e do seu galope na
orquestra da natureza? Bem, creio que o galope marca a batida e o ritmo a ser
acompanhado pelos outros sons mais delicados como o ruminar do gado.
Fiquei mais um pouco
contemplando a natureza e percebi como nós, seres humanos, descuidamos de nossa
essência. Como conturbamos nossos ambientes com barulhos estressantes e
desnecessários, como afligimos o nosso espírito. Nós precisamos de paz, de
contemplação e de olharmos para dentro de nós. Assim, seremos mais tranquilos,
seguros e compatíveis com a harmonia e perfeição da natureza. Meditar é
preciso. Então, voltei para casa e escrevi esta crônica.
Aluno: Klarian Matheus Kunze
9.º ano II – Crônica reescrita –
22 de setembro de 2017
Prof.a Walterlin F.
Kotarski – Língua Portuguesa
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