Certa tarde minha mãe
me disse:
__ Amanhã você e o
Mauro irão para a escola.
Então, eu fiquei
pensando que a escola era um prédio bem alto, mas a minha irmã Silmara começou
a descrevê-la para mim e eu percebi que se tratava de algo bem diferente daquilo
que eu estava imaginando.
No dia seguinte, o
trajeto até o ponto-de-ônibus foi bom. Porém, assim que eu embarquei, senti um
aperto no coração e uma imensa falta da mamãe ao meu lado. Tentei me acalmar,
pois a Silmara estava comigo. Quando chegamos à escola, eu fiquei agarrado nela,
pois estava me sentindo inseguro e desprotegido naquele ambiente estranho e
cheio de gente que eu nunca tinha visto antes. Então Silmara me disse:
__ Solte-me, Bruno!
Vá para sua sala, pois a sua professora está lhe chamando.
Eu não fui de jeito
nenhum. Todas aquelas pessoas estranhas só me deixavam com medo. Então, a
professora Andreia veio me buscar, pegou-me no colo e me levou. Comecei a
chorar sem parar. Eu não entendia por que eu e a Silmara tínhamos que ficar em
salas separadas. Foi difícil me acalmar. A diretora Arlete trouxe água para
mim. Eu comecei a tomar e logo fui me ambientando com os meus novos coleguinhas
que me davam ursos e carrinhos para eu brincar.
Com o passar dos dias,
fui percebendo que a distância da família nos faz ficar mais fortes, mais
autônomos e capazes de nos defender e de enfrentar nossos medos e inseguranças.
Vamos aprendendo a tomar nossas próprias decisões e a fazer nossas escolhas,
assumindo as responsabilidades e consequências que elas originarem. O tempo vai
passando e nós vamos amadurecendo psicológica e intelectualmente para sermos
donos do próprio destino, pois os pais, infelizmente, não duram para sempre.
Aluno: Bruno Felipe de Lima Alonço
9.º ano III – Crônica reescrita –
31 de agosto de 2017
Prof.a Walterlin
F. Kotarski – Língua Portuguesa
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