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segunda-feira, 4 de novembro de 2019

Fonte sem bebedores



Na semana de 21 a 25 de outubro participei, juntamente com meus colegas da escola, de palestras sobre diferentes temas, cujo objetivo era motivar a leitura. Espero que estas palestras tenham causado tanta reflexão nos demais alunos como causaram em mim. Observei muita gente desinteressada diante de tanta cultura, informação e oportunidade de aprendizagem.
Fiquei, mais uma vez, impressionada com o discurso e com a biografia de Malala Yousafzai, uma jovem empenhada na luta pela liberdade das mulheres de seu ex-país de origem, o Afeganistão. Emocionei-me com o risco a que ela se expôs para conquistar o direito de estudar e de frequentar uma escola.
O livro Marley e eu e o poema Abandono provocaram muitas reflexões sobre a convivência humana com os animais e maus-tratos. O vídeo que mostrou a atuação do cão Iron como auxiliar num projeto de leitura no estado de Santa Catarina deixou-me fascinada. Ao ouvir pacientemente a leitura das crianças, Iron demonstrou que é um ser especial e amoroso. Depois, interagiu com os leitores em seus treinos de busca e apreensão de objetos. Muito lindo!
Fomos conduzidos à reflexão sobre a importância da leitura no desenvolvimento e na formação humana. Foram apresentados alguns livros como Harry Potter, Marley e eu, O Pequeno Príncipe entre outros. Descobrimos que o personagem Pequeno Príncipe saiu de seu planeta em expedição para aprender, para ocupar-se e também para se preparar para a vida adulta. Em Marley e eu, constatamos a difícil tarefa de uma família conviver com o cão que adotou, pois ele era muito indisciplinado e rebelde. A convidada especial, Beatriz Mazzeo, encantou-nos com sua paixão pelos livros, com sua desenvoltura ao apresentar a coleção Harry Potter, com sua simpatia e riqueza vocabular.
Como o próprio nome já diz, a Semana da Leitura nos incentiva e provoca profundas reflexões sobre nossa postura enquanto estudantes. A leitura nos auxilia na aprendizagem de gramática e na compreensão e produção de textos. Ela tem grande influência sobre nossa vida a partir da escola. Infelizmente nem todos compreendem o seu valor e a deixam de lado, apesar de constatarem os prejuízos que a falta dela causa na formação de cada um e de cada uma. Espero que algum dia aqueles que a demonizam e fogem dela como o diabo foge da cruz compreendam que estão enganados e que se autoprejudicam. Espero também que, quando isto acontecer, não seja tarde demais.


Aluna: Gabriele Schwartz Corrêa
9.º ano II – Crônica reescrita – Tema: Apresentações da Semana da Leitura – 29/10/2019.
Disciplina: Língua Portuguesa – Professora Walterlin F. Kotarski

Nação carente de leitura




Na Semana da Leitura, de 21 a 25 de outubro, o corpo docente do Núcleo Educacional Jornalista Hermínio Milis mais uma vez se esmerou para motivar os seus alunos a desenvolverem o hábito de ler. Na segunda-feira, a professora Walterlin surpreendeu a plateia apresentando o décimo segundo volume da Coleção Prata da Casa, contendo textos de diversos gêneros produzidos em aulas de Língua Portuguesa. Ela declamou vários poemas, que chegaram a emocionar alguns alunos-autores presentes no evento. O que mais admirei foi o carinho e a dedicação com que a professora guarda os textos dos alunos no decorrer do tempo. Esse trabalho maravilhoso registra a trajetória dos alunos na escola. Sem esperar, nos deparamos com textos belíssimos dos quais já nem lembrávamos mais. Ao ouvi-los ou lê-los novamente, mergulhamos no túnel do tempo de nossa aprendizagem. Pensei o quão maravilhoso seria para os filhos ou filhas de ex-alunos poderem encontrar textos que foram escritos por seus pais, quando ainda eram crianças. A professora faz esse registro com o intuito de incentivar os alunos na difícil tarefa de produzir textos. Assim, cria-se a oportunidade de deixarmos nosso nome registrado nas memórias escolares. Os estudantes cujos textos fazem parte da coletânea, com certeza, sentem-se orgulhosos pelo reconhecimento do esforço empreendido na tarefa de aprender.
A apresentação, pela professora Eliane, do discurso de Malala Yousafzai na ONU, bem como do livro “Eu sou Malala” nos fez refletir como os estudantes brasileiros desperdiçam o seu tempo de vida escolar. Vivemos num país democrático, cujo direito à educação para todos está garantido pela Constituição Federal, no seu artigo 205. No entanto, o dia a dia escolar no Brasil é precário e mal aproveitado por milhares de crianças e adolescentes desmotivados e desinteressados pela construção do seu aprender e saber. O estudo tem sido nivelado por baixo por falta de vontade e de comprometimento de muitos frequentadores de escolas. Malala tem razão. “Um lápis, uma criança e um professor podem mudar o mundo”. Por outro lado, uma nação sem leitura, sem estudo e sem cultura nunca alcança o seu pleno desenvolvimento e deixa muito a desejar na qualidade de vida de seus cidadãos.
Um verso do poeta Bráulio Bessa também me intrigou: “Um país desnutrido de leitura só se salva comendo educação.” Realmente, o sistema de ensino do Brasil precisa ser repensado e reestruturado, pois o grau de letramento do nosso povo é fraco e insuficiente. Chega-se ao cúmulo de vagas de emprego terem que ser ofertadas a estrangeiros por falta de brasileiros capacitados para exercê-las.
Nossa escola, mais uma vez, fez a sua parte. Quando, enfim, teremos consciência para bem desempenhar o nosso papel de estudantes?


Aluna: Carla Winter
9.º ano II – Crônica reescrita – Tema: Apresentações da Semana da Leitura – 29/10/2019.
Disciplina: Língua Portuguesa – Professora Walterlin F. Kotarski