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domingo, 22 de maio de 2016

Entes queridos

Lembro-me de quando eu tinha uns seis anos de idade, quando eu ia, de vez em quando, à casa dos meus bisavós em Palmas. Eu ficava ansiosa para dar um abraço, pedir a bênção para eles e perguntar como estavam. Eles sempre diziam a mesma coisa:
─ Estamos bem, Dandara!
Depois que degustávamos um saboroso jantar, nós sentávamos no sofá. Meu bisavô ligava o rádio, porque eles não tinham televisão, e eu ficava deslizando as minhas mãos nos longos e brancos cabelos da minha bisavó. Aqueles cabelos brancos passaram de geração a geração, mas, por azar, eu não herdei essa genética.
Quando só ficávamos eu e minha bisa em casa, ela me falava que quando uma pessoa morre, dali a alguns anos nasce um novo membro na família. Eu adorava quando ela falava das histórias da infância dela.
Um dia, recebemos um telefonema de Palmas avisando que a minha bisa havia morrido num acidente de carro, quando ela foi atravessar o asfalto. Naquela hora eu me desesperei tanto. Mamãe arrumou as malas depressa e fomos para o velório. Chorei muito...
Três anos depois, minha irmã mais velha ficou grávida e, imediatamente, lembrei do que a bisa me dizia. Dentro de pouco tempo, teríamos um novo membro na família. É como se alguém chegasse para substituir quem já se foi para sempre.
Você, leitor, acredita nessas coisas? Pois bem, eu acredito. O novo membro da família se chama Elizabete e já tem três aninhos. Ela é um amor de criança.
Eu sinto muito a falta da minha bisa, mas quando a saudade aperta o meu coração, dou um abraço bem gostoso na Elizabete e sinto que ela preenche o vazio deixado pela bisa no meu coração. Assim, sinto-me melhor. A família se perpetua pela chegada de novos membros e eles trazem um pouco da genética de seus antepassados que, de forma indireta, também continuam conosco para todo sempre. Sempre a amarei bisa.

Aluna: Dandara Aparecida Fuhr Luz
7.º ano II – 20 de maio de 2016.
Texto de memórias reescrito – Língua Portuguesa – Professora Walterlin
Núcleo Educacional Jornalista Hermínio Milis.

Microexplosão


Domingo, dia 15 de maio de 2016, aproximadamente às 20 horas eu e minha família estávamos assistindo ao Programa Sílvio Santos na sala da minha casa, somente mamãe e minha irmã estavam no quarto descansando.  De repente, ouvimos um barulho intenso e não sabíamos do que se tratava. Todos ficamos assustados. Mamãe veio do quarto correndo e gritando:
─ Fechem as janelas! Escutem o barulho que está vindo lá de fora.
Apavorados, começamos a rezar. As luzes se apagaram. O barulho continuou, ouvimos o ruído de telhas quebradas, estalos de galhos de árvores lascando... Depois de rezarmos, o barulho acabou e fomos ver o que tinha acontecido. Lá fora, tudo estava no chão: árvores, estrebaria, rancho, defumador, piquete de lenha... A casa e a oficina estavam sem o telhado. A escuridão era imensa e começou a chover forte, somente os relâmpagos iluminavam os escombros.
Com lanternas, demos uma volta nas imediações de nossa casa. Um vizinho contou que estava tirando leite e, quando saiu da estrebaria, viu um sofá girando na hora do estrondo.
Em seguida, eu, a minha prima Micheli e o tio Alceu fomos às casas dos vizinhos para ver se alguém se machucou ou se precisavam de ajuda. Depois, fomos à casa do tio Arsênio. Por onde passamos, graças a Deus, só houve danos materiais. Todos os nossos parentes estavam bem. Então, eu e vovó fomos passar a noite na casa da Micheli e voltamos para casa na manhã seguinte.
Com o dia claro, podíamos ver melhor os estragos. Tudo estava fora do lugar. As folhas das árvores estavam trituradas, a plantação de eucalipto toda quebrada. Até algumas araucárias foram descopadas.  Aproveitei para juntar as pinhas e aproveitar os pinhões. As madeiras das construções que ruíram estavam amontoadas em alguns pontos ou espalhadas em outros. Já se passaram cinco dias e ainda há parentes e vizinhos ajudando a gente na reconstrução do telhado da nossa casa e das outras instalações totalmente destruídas.
Estamos tristes e abatidos, porém, conformados. Felizmente, a nossa propriedade foi parcialmente atingida. Em localidades próximas houve famílias que perderam tudo, inclusive um senhor perdeu a vida. Nós pensávamos que fomos atingidos por um tornado, mas, segundo análise dos meteorologistas, foi uma microexplosão, que é originada nas nuvens cumulus nimbus e ocorre quando uma rajada de vento sai da base da nuvem em direção ao solo, de cima para baixo, com ventos de alta velocidade e também com grande poder destrutivo e que se espalham horizontalmente.
Agora que estou mais calmo, consigo lembrar que naquele domingo as nuvens estavam carregadas durante o dia todo e se deslocavam rapidamente. Em alguns momentos, o céu ficava claro, em outros, escurecia. A chuva era uma possibilidade durante o dia todo, mas só ocorreu, de fato, ao anoitecer. Espero que isso nunca mais aconteça. É uma experiência horripilante, além de causar imemsos prejuízos. Parece que a natureza se revolta contra ela mesma e não faz questão de poupar ninguém. Apresento a minha solidariedade a todas as pessoas atingidas por essa catástrofe. Coragem, pessoal. Vamos concentrar nossos esforços na reconstrução. O mais importante ficou conosco: a nossa vida.

Aluno: Léo Henrique Vogel
7.º ano II
Texto de memórias reescrito – 20 de maio de 2016.
Referência ao fato acontecido no interior do município de Porto União-SC
Língua Portuguesa – Prof.a Walterlin F. Kotarski
Núcleo Educacional Jornalista Hermínio Milis.

domingo, 1 de maio de 2016

Lembranças


Mãe, quando te conheci,
Eu era apenas e um bebê,
E te reconhecia pelo teu cheirinho,
E chorava quando tu não estavas por perto,
E nunca me deixaste sem carinho.

Quando eu comecei a caminhar,
Tu me encorajavas
E me levantavas a cada tropeço.
Tu me limpavas,
Quando eu me lambuzava de comida.

A senhora ia trabalhar
E eu ficava olhando do portão
Até te ver chegar ao trabalho,
Que era perto de nossa casa.

Enquanto tu trabalhavas,
Eu assistia aos programas de TV.
Quando terminavas de tirar leite,
Eu corria com um copo
Para que me servisses.

Quando a noite caía,
Eu já não suportava mais o sono
E várias vezes cochilei na estrebaria...
Então, cansada, tu me levavas
Para casa em teus braços.


Alunas:
Chaiane Carla Winter
Andressa Thale
7.º ano II – 28 de abril de 2016.
Poema reescrito - Homenagem às mães.
Disciplina: Língua Portuguesa – Prof.a Walterlin
Núcleo Educacional Jornalista Hermínio Milis.