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segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Identidade Cultural

O preconceito
Gera a inimizade.

A tolerância
Acolhe a diversidade.

O preconceito
Gera lágrimas.

O acolhimento,
A solidariedade.

Negros, brancos e índios
São cidadãos brasileiros.

Nossa cultura é tão rica
Graças à diversidade.

Nosso povo é hospitaleiro
Porque tem generosidade.

A cor da pele é variada,
Mas o coração é igual.

É ele quem define
A nossa identidade cultural.


Professora Walterlin F. Kotarski
20 de agosto de 2012.
Identidade cultural

Nossas Metáforas - 7.ª série I


Nossas metáforas

A beleza é um incentivo ao namoro,
O diálogo é o início do entendimento.

O perdão é o alívio da alma,
A alegria é o bem-estar do coração.

A tristeza é a doença da alma,
O sorriso é o encanto do rosto.

A amizade é o espanto da solidão,
A esperança é o começo do sonho.

A vontade é o começo das realizações,
A inteligência é um produto do cérebro.

O querer é o começo do ter,
E a chuva é o acalanto do sono.

Produção coletiva
7.ª série I – Julho/2012
Prof.ª Walterlin F. Kotarski

domingo, 19 de agosto de 2012

Mosaico

O índio e o negro,
Ambos de alto astral,
Deixaram suas marcas
Na nossa identidade cultural.

O índio e o negro
Estão na nossa língua,
Estão no nosso cardápio
E em nossas notas musicais.

Pipoca, mandioca e abacaxi,
São palavras de origem tupi-guarani.
Candomblé, orixá e zumbi,
São palavras africanas ditas aqui.

O samba brasileiro
É afrodescendente,
E a famosa feijoada
Pelos negros foi criada.

O índio conhece as florestas,
É contra a devastação.
Ele tem suas origens
Cravadas em nosso chão.

Os negros aqui trabalharam
Desde os tempos coloniais,
Seus fortes braços plantaram
Muito café e imensos canaviais.

Os anos se passaram,
E as raças se misturaram.
Imigrantes, “europíndios” e “brasiafros”,
Samba, axé, folclore e chocalho.

O brasileiro é como mosaico,
Miscigenado, alegre e colorido.
Cultura rica e diversificada,
Ele é hospitaleiro e bem divertido.

O povo daqui é acolhedor,
É solidário diante da dor,
Não gosta de guerras,
É democrático e negociador.

Professora Walterlin F. Kotarski
Tema: Diversidade Cultural
Lei: 11.645/2008
Cultura afro-brasileira e indígena
17 de julho de 2012.

Terras contestadas


Terras contestadas
De nossa região
Foram campos de batalhas
E de muita opressão.

Sertanejos humilhados,
De suas terras expulsos
Por causa da ferrovia,
Que o Brasil tanto queria.

Sertanejos pobres e destemidos
Da dita terra devoluta
Enfrentaram os coronéis e o exército
Houve mortes, foi grande a luta.

Sem se darem por vencidos,
E por monges liderados,
Formaram seu exército
Denominado “Pelados”.

Soldados, coronéis e jagunços,
Poderosos chamados “Peludos”,
Combatiam os “Pelados”
Pra tomar posse de tudo.

Uma empresa americana
Com nome bem estranho
Lançou trilhos, cortou araucárias,
Só pensava em seu ganho.

Brazil Railway Company,
Southern Brazil Lumber,
Brasileiros preteridos,
Estrangeiros favorecidos.

Mulheres também combateram,
Exerceram liderança,
Maria Rosa tombou
Com galhardia e esperança.

Enfim, a justiça definiu
A divisa entre os estados
Santa Catarina e Paraná
28 versus 20 mil km2.

Quatro anos de lutas,
Muito sangue derramado.
Progresso, colonização, imigrantes,
Serrarias e pinheirais dizimados.

De outubro de 1912 a agosto de 1916,
Era uma vez um território contestado.
A paz finalmente surgiu
E o povo daqui agora é miscigenado.


Professora Walterlin F. Kotarski
Núcleo Educacional Jornalista Hermínio Milis
Tema: Guerra do Contestado - 1912/1916.
26 de março de 2012

Extrativismo

Araucárias, araucárias,
Ainda ouço seus ais!

Tombando indefesas
Diante de serras mortais,
Depois sendo transportadas
Por guindastes colossais.

Troncos grossos e carnudos
Em tábuas transformados,
Serrarias gigantescas
Nas terras do Contestado.

As serras em coro gritavam:
Lumber, Lumber, Lumber...
Vagões cheios rumo ao porto,
A madeira transportavam.

Araucárias, araucárias,
Ainda ouço seus ais!

O progresso, a ferrovia,
Imigrantes instalados,
Sertanejos excluídos,
Extrativismo exacerbado.

Homens mudam de ideias,
Querem tudo muito rápido!
Asfaltos, caminhões, aviões...
Adeus ferrovia, já de pouca serventia.

Cem anos depois, a ferrovia desativada,
Velhos casarios e estações abandonadas
Parecem fantasmas na região contestada...
Uma ou outra gralha azul desencantada.

Araucárias, araucárias,
Ainda ouço seus ais!

Os homens fazem as guerras,
Devastam, modificam cenários,
E a natureza padece
Por causa dos perdulários.

Floresta negra, árvores altas,
Copas em forma de guarda-chuva,
Paisagem nativa do passado,
Cadê a araucária, o cedro e a imbuia?

Homens também se arrependem,
Pensam em voltar atrás,
Revivem a história...
Bom mesmo é saúde, natureza e paz!


Professora Walterlin F. Kotarski
Núcleo Educacional Jornalista Hermínio Milis
Tema: Guerra do Contestado - 1912/1916.
09 de abril de 2012.

O segredo do céu azul

Vem comigo e te mostrarei
O segredo do céu azul.
Lá no infinito,
Há coisas lindas!

Vem comigo e te mostrarei,
O amor é como um pássaro
Que não pode viver na prisão.

Vem comigo e te mostrarei,
Que existem coisas escondidas
Atrás do sol, das estrelas e das nuvens...

Vem comigo e te mostrarei,
Que dentro de cada ser humano
Há uma parte cheia de vida
E cores que não podem ser ofuscadas.


Alunos: Guilherme Regert / Marlene Cottet /
           Franciele Borisiuk
             7.ª série – Agosto/2012
             Aceleração em contraturno
             Prof.ª Eliane Lídia Córsico Tomal

Da sua vida, os vizinhos cuidam...


Na Rua Lina Forte é onde eu vivo. Rua calma, poucos carros, poucas casas, poucas pessoas. Conheço todos os moradores da minha rua. É um lugar simples, mas com muita história. Vivi ali durante oito anos, mas estou prestes a me mudar.
Eu não gosto de morar nessa rua porque é um lugar calmo, tão calmo que os vizinhos que não têm nada para fazer, ficam olhando o que os outros estão fazendo. Isso me irrita, deixa-me estressado. Não gosto de fofoca, nem de invasão à minha privacidade.
Todas as tardes, roda de chimarrão e fofoca:
__ Comadre, sabia que a filha da Ambrosina, de treze anos... Imagine você, de treze anos! Engravidou?
__ Não me diga, comadre! E quem é o pai?
__ Dizem que é um caminhoneiro casado. Imagine o drama, casado!
__ Nossa mãe do céu! Este mundo está cada dia mais perdido. E a comadre tá sabendo que o nosso vizinho Tibúrcio foi parar no SPC? Ele se encheu de dívidas. Comprou computador, televisão plasma de 60 polegadas e uma máquina de lavar roupa Brastemp, de 15 quilos. Não deu outra. Ele não conseguiu pagar as prestações e foi parar no SEPROC. Dizem que as lojas podem tirar as mercadorias dele, se não colocar as prestações em dia até do dia 20.
__ Pois é, comadre. Tem gente que não sabe se controlar. Sai gastando por aí, como se fosse milionário. Depois, se ferra...
Sentiram o meu drama? Vivo num lugar do qual não gosto, pois não há privacidade. Não vejo a hora de me mudar.


Aluno: Weslley Greyson Kanigoski Briski
8.ª série I – 17/08/12.
Aprendendo a escrever crônica.
Professora Walterlin F. Kotarski.

Afinal, onde eu moro?


Moro nos fundos de outras duas casas. A da frente é a casa da minha tia Clarice, a segunda é a casa da minha avó Amélia e a terceira casa é a da minha família. Quase ninguém sabe onde fica a minha casa. Sempre que me perguntam onde eu moro, não sei o que responder. Então eu “enrolo” um pouco e digo:
__ Sabe aquela casa branca? É por ali.
Que explicação “irada” não é, caro leitor?
A cidade onde moro também não é muito conhecida. Quando viajo e as pessoas me perguntam, eu respondo:
__ Moro em Porto União.
__ Onde fica Porto União?
__ No Brasil, é claro! __ Respondo meio irritado.
Não gosto de pessoas bisbilhoteiras, que mal me conhecem e ficam me enchendo de perguntas. Existem tantos assuntos para uma boa conversa. Não sei para que ficar perdendo tempo xeretando a vida alheia.
Bisbilhotices à parte, gosto do meu endereço e da minha cidade. Aqui há paz, tranquilidade e muitas pessoas “legais”. Meus amigos moram perto e nos visitamos sempre.  Por mais que digam que a minha cidade não é conhecida, ela está se desenvolvendo e crescendo aos poucos. É por essa e por outras razões que eu sou feliz aqui.
__ Onde você mora?
__ Debaixo do céu e em cima da Terra.
__ Deixe de ser chato, cara! Responda direito.
__ Se eu sou chato, o que você é então?


Aluno: Luís Roberto Krekniczki Olovati
8.ª série I – 17/08/12.
Aprendendo a escrever crônica.
Professora Walterlin F. Kotarski.

Que vontade de trabalhar!


Os pedreiros estão terminando de construir a lavanderia na casa onde eu moro. Eles trabalham de segunda à sexta-feira. Dias atrás, eu escutei uma conversa deles que era mais ou menos assim:
__ Cara, só falta um tijolo para eu terminar essa pequena parte. Se esse tijolo estivesse aqui, eu me livraria de ter de apanhá-lo lá em cima e de enfrentar aquela cachorrada chata. Pensando bem, vou buscar o tijolo amanhã. Assim eu aproveito para trazer mais alguma coisa que esteja faltando.
Sem querer, eu ouvi a conversa e vi um tijolo próximo à obra, apanhei-o e o entreguei ao pedreiro:
__ Meu amigo, aqui está o tijolo que você precisa. Poderá fazer agora o que ia deixar para amanhã.
__ É mesmo? Obrigado garoto. __ Disse o pedreiro meio contrariado.
__ Pare de fazer corpo mole, Alexandre! Ainda bem que o garoto trouxe-lhe o tijolo __ disse o outro pedreiro.
__ Sabe o que é, João, eu já estou cansado. Não vejo a hora de dar uma passadinha no bar e tomar uma cervejinha bem gelada.
__ Primeiro termine a empreitada do dia, Alexandre. Garanto-lhe que ainda sobrará tempo para o bar __ argumentou João.
__ Vou terminar essa parte hoje, mas amanhã já vou avisando que não virei trabalhar. Vou pescar com os meus amigos do bar __ disse Alexandre.
__ Você não se endireita mesmo, cara. Eu dei outra chance a você, pensando que me ajudaria o tempo todo, até terminarmos a obra __ disse João, decepcionado com seu ajudante.
__ Paciência, meu caro. Não sou máquina, tenho vontade própria. Amanhã, irei pescar. Estou com o palpite de que pegarei muito peixe __ insistiu Alexandre.
__ Já vi que vou trabalhar sozinho de novo. Isso é bom para eu não acreditar mais em pessoa que não cumpre o que promete.
Alexandre, mal-humorado, colocou o último tijolo do dia. Nem limpou suas ferramentas, deixou-as jogadas num canto. Pegou sua bicicleta e foi para o bar. Algum tempo depois, João terminou a sua parte, limpou todas as ferramentas, guardou-as no lugar certo e foi para casa aborrecido, pois sabia que seria difícil trabalhar sozinho no dia seguinte. A obra atrasaria mais um pouco e a patroa reclamaria outra vez.
Infelizmente, a falta de comprometimento profissional de muitos pedreiros é a dor de cabeça de pessoas que estão construindo. Na construção civil, há falta de profissionais capacitados e com vontade de trabalhar. Nesse ramo, a “picaretagem” é muito acentuada. É preciso cautela ao contratar pedreiros para não entrar numa enrascada.

Aluno: Thiago Roberto Herzog
8.ª série I – 17/08/12.
Aprendendo a escrever crônica.
Professora Walterlin F. Kotarski.