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domingo, 22 de março de 2015

Encontro casual

Todas as pessoas enfrentam etapas difíceis em suas vidas e necessitam de apoio, cooperação e solidariedade para superá-las. Por isso, é sempre oportuno lembrar que não se deve negar ajuda a quem precisa, principalmente quando nós estamos numa boa fase da vida.
Esta história trata de um encontro casual entre um mendigo e um milionário num beco próximo ao Bairro Industrial de uma metrópole brasileira. O mendigo está sentado no chão, desanimado e faminto, quando vê um homem bem vestido aproximar-se.
Mendigo: Por favor, ajude-me, senhor.
O bondoso milionário para diante do mendigo e dirige-lhe um olhar generoso.
Milionário: Levante-se, amigo. O que lhe aconteceu?
Mendigo: Eu estou fraco, cansado e sem esperança. Perdi meu emprego e caí em desgraça. Nada tem dado certo para mim nos últimos tempos.
Milionário: Qual é a sua profissão?
Mendigo: Contador.
Milionário: Qual é o seu grau de formação escolar?
Mendigo: Sou formado em Ciências Contábeis. Já trabalhei em grandes empresas, mas devido à inflação e à estagnação da economia algumas empresas faliram e outras tiveram que cortar gastos e reduzir o número de empregados. Assim, acabei sendo demitido e não consegui mais me recolocar no mercado de trabalho.
O milionário olha para o chão e vê um rolinho de papel grosso amarrado com uma fita.
Milionário: O que é esse rolinho de papel aí ao seu lado?
Mendigo: É o meu diploma de Ciências Contábeis. Eu o carrego comigo para provar que sou formado, pois ninguém acredita que um morador de rua tem curso superior.
Milionário: Deixe-me ver o seu diploma, rapaz.
Mendigo: Está vendo como é. Até o senhor está duvidando de mim. Pode olhar, aqui está ele.
Milionário: Humm! USP – Universidade Estadual de São Paulo. Título: Bacharel em Ciências Contábeis. Número do registro... Seu diploma é autêntico, rapaz. Você se formou numa das melhores universidades do Brasil. Você sabia que o destino lhe reservou uma boa surpresa hoje?
Mendigo: Como assim? Até agora só estou sendo surpreendido pelo ronco da minha barriga faminta. Estou até tonto de fome.
Milionário: Anime-se rapaz. Seus dias de mendigo terminaram. Eu vou contratá-lo. Estava justamente indo levar à Agência do Trabalhador um anúncio de vaga para contador numa de minhas empresas.
Mendigo: O senhor está falando sério?
Milionário: Seríssimo, rapaz. Agora se levante. Eu vou ajudá-lo a reanimar-se. A propósito, como é mesmo o seu nome?
Mendigo: Meu nome é Maílson da Nóbrega Siqueira.
Milionário: E o meu é Antônio Ermírio Votorantim. Vou levá-lo a uma pensão que eu conheço. Lá você poderá morar por um tempo até refazer sua vida. É um lugar simples, mas tem instalações de boa qualidade e servem uma comida regional muito gostosa.
Maílson: Eu ainda não estou acreditando. Será que estou delirando?
Ermírio: Se você quiser, eu poço dar-lhe um “cascudo” na cabeça para você sentir que eu sou de carne e osso e estou aqui na sua frente, fazendo-lhe uma proposta de emprego para o cargo de Contador. Posso?
Ermírio fecha o punho aprontando os dedos para o “cascudo”, mas Maílson olha-o fixamente, depois percebe outras pessoas passando por eles, uns carros e motos... Finalmente, conscientiza-se de que está sóbrio no meio do burburinho do trânsito.
Maílson: Não é preciso. Agora percebi que estou num beco anexo ao Bairro Industrial. Pretendia procurar emprego, mas me dei conta de que estava sujo e maltrapilho. Por isso, sentei-me aqui desanimado.
Ermírio: Então, venha comigo. Vamos dar um trato nessa sua fome e, depois, na sua aparência. Fique com este meu cartão. Aqui consta o telefone e o endereço do seu novo local de trabalho a partir de amanhã às 8h30. Combinado? Leve todos os seus documentos para providenciarmos a sua contratação o mais rápido possível.
Maílson: Obrigado, meu Deus! Obrigado, seu Ermírio!
Maílson junta os seus pertences (diploma, blusa, guarda-chuva), coloca-os numa mochila e os dois homens saem caminhando lentamente em direção a uma lanchonete. A partir daquele momento, uma nova etapa estava iniciando na vida de Maílson da Nóbrega Siqueira.
Viram? A vida pode nos surpreender. Nos lugares mais imprevisíveis podemos encontrar pessoas generosas e solidárias. Um milionário cooperou na reestruturação da vida de um mendigo. Um mendigo cooperou no desenvolvimento da empresa de um milionário.

Aluno:
Gílson Hilário Koch Júnior
9.º ano – 19 de março de 2015.
Concurso de peça teatral promovido pela COOPERALFA

Tema: A cooperação como ferramenta para o desenvolvimento da cidadania.

Emergência

Seu João se despediu da esposa e de suas filhas Maria Eduarda e Karina e foi trabalhar como de costume. Três horas depois, o celular de Karina começou a tocar.
Karina: Alô, Karina falando...
Patrão: Aqui é o Amadeu, o patrão do seu pai. Ele sofreu um acidente de trabalho.
Karina (nervosa): Mas ele está bem?
Amadeu: Não, seu pai não está bem. Ele perdeu um braço. O Corpo de Bombeiros o levou para a Santa Casa. Os médicos já estão fazendo os procedimentos necessários. É preciso que sua mãe ou alguém da família, que seja maior de idade, compareça à Santa Casa para acompanhá-lo.
Karina: Mamãe eu iremos para lá agora mesmo.
Karina deu a notícia à sua mãe, Dona Sílvia.
Sílvia: Perdeu um braço? E agora, o que será do seu pai? Certamente não poderá trabalhar como antes? O que faremos, meu Deus?
Sílvia e Karina se abraçaram chorando compulsivamente. Karina tentou acalmar a mãe.
Karina: Mãe, precisamos ser fortes e corajosas. Vamos ver como o papai está. Com o tempo tudo se ajeita. O importante é que ele se recupere e fique bom.
Sílvia: Sim, filha. Você tem razão. O mais importante é que seu pai não perdeu a vida. Ele continuará conosco. Juntos, enfrentaremos as dificuldades.
Seu João passou por uma cirurgia complicada. Realmente seu braço foi amputado, mas os médicos disseram que não corria risco de morte. Dona Sílvia ficou com ele na Santa Casa. Karina voltou para casa a fim de confortar Maria Eduarda. As duas irmãs fizeram um lanche e começaram a traçar um plano para ajudar o pai.
Maria Eduarda: Enquanto você e mamãe foram à Santa Casa, eu fui rezar no meu quarto. Pedi a ajuda do Espírito Santo, que Ele nos inspirasse sobre uma forma de resolver o problema da amputação que o papai vai ter que enfrentar. Depois de algum tempo orando, eu tive uma ideia.
Karina: E qual foi?
Maria Eduarda: Lutarmos para conseguir uma prótese para o papai.
Karina: Uma prótese? É uma boa solução, mas muito cara.
Maria Eduarda: Então, nós vamos juntando dinheiro aos poucos até conseguirmos uma.
Karina: O que você pretende sugerir?
Maria Eduarda: Penso em fazer rifas, bingos beneficentes, pedir o apoio da comunidade da nossa igreja, solicitar doação de indústrias do ramo de próteses. Enfim, tentar de todas as maneiras possíveis e imagináveis até conseguir um novo braço para o papai.
Karina: É isso mesmo. Conte comigo. Começamos agora?
Maria Eduarda: É claro! Para começar, vou fazer uma Ação entre Amigos colocando no sorteio a tevê digital do meu quarto, que eu ganhei do papai no dia no meu aniversário.
Dez dias depois, seu João deixou a Santa Casa, mas estava muito deprimido porque não tinha perspectiva de poder voltar a trabalhar como antes. Os dias foram passando e as duas irmãs conseguiram vender oitocentos números da Ação entre Amigos e arrecadaram doze mil reais, que aplicaram no Banco do Brasil. Um mês depois, a comunidade da igreja as ajudou a organizar um bingo beneficente, que arrecadou mais vinte mil reais. Karina enviou e-mail pedindo ajuda a todas as empresas fabricantes de próteses que conseguiu encontrar. Um ano depois, o telefone tocou e ela correu atender.
Karina: Alô! Residência de Karina Soares Prestes.
Empresário: Karina, quem fala é o diretor-presidente da Empresa Prótese e Robótica Primata. Há alguns meses recebemos um e-mail seu pedindo auxílio para o seu pai.  Atualmente, nossa empresa está desenvolvendo um novo modelo de prótese inteligente para braço e mão. Ela funcionará a partir de comandos cerebrais e está em fase de testes. Nós estamos em busca de voluntários para a fase de estudos, avaliações e adaptações necessárias, até que a prótese fique perfeita para poder ser fabricada em série. As dez pessoas que se dispuserem a participar voluntariamente da viabilização deste projeto receberão uma prótese pagando por ela apenas o equivalente a cinco por cento do seu valor após a aprovação da ANVISA. Gostaríamos de saber se o seu João tem interesse em fazer um contrato conosco, participando dos testes e da avaliação da eficácia do protótipo da prótese.
Karina: Um momento, por favor, vou consultar o papai.
Seu João concordou.
Karina: Alô! Sim, papai aceitou ser voluntário na fase de testes.
Empresário: Então, anote o nosso endereço aqui em São Paulo. Seu João deve trazer todos os seus documentos e um acompanhante maior de idade. Ambos permanecerão à disposição de nossa empresa durante três meses. O custo de hospedagem, transporte e alimentação nesse período será pago por nós.
Karina: Que dia papai deverá embarcar?
Empresário: O seu e-mail continua o mesmo?
Karina: Sim, senhor.
Empresário: Então, aguarde instruções detalhadas via e-mail. Entraremos em contato ainda hoje.
Dois dias depois, seu João e Dona Sílvia embarcaram para São Paulo. Seu João participou dos testes durante três meses. A prótese foi desenvolvida com pleno sucesso, criando inclusive a possibilidade de Seu João se reintegrar ao mercado de trabalho. O dinheiro que as filhas arrecadaram foi mais do que suficiente para pagar o valor que caberia a seu João. A vida da família voltou ao normal e o terrível acidente agora é lembrado como uma fase difícil que ficou para trás, graças à cooperação e a solidariedade que cruzaram os caminhos de Karina e Maria Eduarda.   
Aluno:
Jean Carlos Peper
8.º ano II – 19 de março de 2015.
Concurso de peça teatral promovido pela COOPERALFA

Tema: A cooperação como ferramenta para o desenvolvimento da cidadania.

quinta-feira, 19 de março de 2015

Surpresa agradável

Em 09 de junho de 2014, as cidades de Porto União e União da Vitória vivenciaram a quarta pior enchente histórica. Meses depois do acontecido, as pessoas que mais sofreram com a tragédia construíram suas casas longe do rio Iguaçu, mas a dor da perda dos seus bens ainda os machuca __ disse a repórter Sandra Novaes.
Então, vamos conversar com um dos antigos moradores dessa região que sofreu com a enchente.
Repórter: O que o senhor tem a dizer sobre o que aconteceu?
Tavares (antigo morador ribeirinho): Bom dia! Olha, foi muito difícil no começo e ainda é, mas foi uma tragédia tão repentina e ninguém estava preparado para isso.
Repórter: Onde o senhor estava naquela noite?
Tavares: Eu estava trabalhado, como em todas as noites, pois sou segurança noturno.
Repórter: Então, o senhor só soube do acontecido quando chegou em casa?
Tavares: Não, minha filha mais velha acordou assustada com os latidos do nosso cachorro. Quando foi levantar para ver o que estava acontecendo, sentiu a água nos pés, pois morávamos bem perto do rio. Ela se assustou e foi chamar a mãe. Quando a minha mulher acordou, ela ligou rapidamente para mim, mas eu não podia sair do serviço naquela hora. Então, pedi para ela e nossas duas filhas saírem da casa levando objetos pessoais e alguma coisa miúda, que pudessem carregar. Minha esposa só conseguiu levar a batedeira e o liquidificador. Eu fiquei totalmente desesperado, pois tudo o que conseguimos com anos de trabalho estava sendo destruído. Tentei me acalmar e manter a cabeça fria. Afinal, os bens materiais não se comparam ao valor dos entes queridos, e estes estavam a salvo. Passamos vários dias hospedados na casa da irmã da minha mulher, a Dulce. Quando voltamos para casa quase dois meses depois, porque ela ficou praticamente encoberta, não havia mais nada dentro dela. Ver aquela casa suja, com mau cheiro e danificada fez me doer o coração. O que mais me entristeceu foi constatar que todos os nossos pertences haviam sido roubados. Minha mulher começou a chorar loucamente, até que um vizinho não muito chegado apareceu e perguntou o que havia acontecido. Nós contamos a ele que a casa estava totalmente vazia, que provavelmente fora saqueada durante a fase do alagado. Sem mais nem menos, o vizinho começou a rir e disse:
Eurico (o vizinho): Que nada vizinho! Assim que eu vi a sua família saindo da casa e deixando tudo para trás, eu pedi ajuda às outras pessoas que estavam aqui nas redondezas para colocar os seus pertences em cima do caminhão que eu tinha alugado para retirar a minha mudança. O caminhão era grande e havia sobrado lugar. Carregamos tudo e guardamos num galpão na chácara do meu pai. Eu lhe enviei uma mensagem naquele dia, mas você não retornou.
Tavares: Só então eu me toquei que tinha esquecido o celular no trabalho por dias e dias... Foi totalmente esquisito, mas foi bom saber que algumas pessoas que eu nem considerava amigas me ajudaram tanto. Desde então, não somos mais apenas vizinhos, passamos a ser os melhores amigos. Naquele dia, eu percebi que numa hora de emergência a cooperação pode vir de qualquer lugar e de quem menos se espera.
A repórter emocionada ajeitou o cabelo e disse:
__ Muito obrigada por compartilhar conosco a sua história. Ficamos por aqui, tenham todos uma boa tarde.  Assistam agora “A escolinha do professor Raimundo”.    

Aluna:
Andressa Thaize Grossl
9.º ano – 19 de março de 2015.
Concurso de peça teatral promovido pela COOPERALFA

Tema: A cooperação como ferramenta para o desenvolvimento da cidadania.

Cooperação em série

Certo dia, Bettina estava navegando no facebook quando ouviu sua mãe chamá-la.
__ Bettina! Bettina!
__ O que é mamãe, já estou indo.
Lúcia (mãe de Bettina): Eu preciso que você vá até a Loja Camarada renegociar o meu crediário. Peça mais dois meses de prazo. Diga-lhes que eu gostaria de fazer uma doação para a Casa do Amor Fraterno, mas não tenho recursos suficientes para fazer a doação e pagar as prestações simultaneamente.
Bettina: Será que a loja vai aceitar a sua proposta? Eu vou tentar, mas não garanto nada, mãe. Vou tentar ir com a lotação das 15 horas.
Lúcia: Então, seja rápida, pois está em cima da hora.
Infelizmente, Bettina não conseguiu chegar a tempo no ponto-de-ônibus. Então, decidiu ir ao centro a pé sob um calor de 30 graus, quando, de repente, seu vizinho passou de carro e lhe ofereceu carona. Bettina aceitou, aliviada, e dez minutos depois já estava em frente à loja.
Bettina: Obrigada, seu Júlio. Sua carona me caiu do céu. Se eu viesse a pé, chegaria aqui frita ou teria uma insolação.
Júlio: Não precisa agradecer. Foi um prazer ajudá-la. Tchauzinho!
Bettina entra na loja e uma vendedora vem atendê-la.
Vendedora: Boa tarde! Em que posso ajudá-la?
Bettina: Boa tarde! Mamãe pediu para eu vir aqui renegociar o prazo do crediário dela. Posso falar com o gerente?
Vendedora: Sim, acompanhe-me até o escritório, por favor.
Chegando ao escritório...
Vendedora: Seu Carlos, há uma cliente que precisa falar com o senhor, pode atendê-la?
Carlos: Sim, faça-a entrar, por favor.
Bettina: Boa tarde, seu Carlos. Lembra-se de mim? Eu sou a Bettina, filha da Dona Lúcia Resende. Mamãe está trabalhando e pediu para eu vir renegociar o prazo do crediário dela.
Carlos: Qual é o motivo da renegociação?
Bettina: Bom, seu Carlos, o salário da mamãe não é dos melhores, como o senhor sabe, e ela gostaria muito de colaborar com a campanha que está sendo realizada em benefício da Casa do Amor Fraterno, que já está na fase final de construção. Só há um pequeno detalhe: mamãe não poderá pagar as prestações e fazer uma doação ao mesmo tempo. Por isso, ela está pedindo uma prorrogação de dois meses no prazo do crediário.
Carlos: Ah! Então é por uma boa causa. Deixe-me verificar o histórico de Dona Lúcia, como cliente desta loja.
Seu Carlos verifica, no computador, o cadastro e o histórico de pagamentos de Dona Lúcia e, depois, responde.
Carlos: Verifiquei que Dona Lúcia é nossa cliente há 12 anos e que sempre pagou suas obrigações rigorosamente em dia. Sendo assim, vou dar um voto de confiança a ela, estendendo o prazo do crediário por mais dois meses.
Bettina: O senhor nem imagina como mamãe vai ficar contente em poder cooperar com uma obra benemérita, seu Carlos.  Eu nem sei como lhe agradecer.
Carlos: Bettina, neste mundo nem tudo é perfeito. Para estender o prazo há um custo financeiro correspondente aos juros da renegociação.
Bettina: Logo vi que estava bom demais para ser verdade. Como é difícil ser pobre, honesto e caridoso neste país.
Carlos: Calma, Bettina, não desanime antes da hora. Você sabia que eu também estava pretendendo fazer uma doação para a Casa de Amor Fraterno?
Bettina: Verdade? Que bom! Quanto mais gente cooperar, melhor será para os doentes que precisam de uma instituição como essa.
Carlos: Pois é, filha, só que a minha doação vai ser de forma indireta. Como a financeira não perdoa juros a ninguém, sua mãe doa para a campanha e eu pago à financeira o valor correspondente aos juros da renegociação do crediário dela por mais dois meses. Tudo bem?
Bettina: Seu Carlos, eu estou sem palavras. Jamais imaginei que o senhor tomaria esta decisão. Creio que Deus está agindo na consciência das pessoas para viabilizar a conclusão desta obra tão necessária aos doentes que precisam tanto de ajuda na hora da dor e do sofrimento.
Carlos: Pois é, Bettina, a minha esposa costuma dizer que o mundo não acaba porque no meio de tanta violência, maldade e egoísmo sempre se encontra um ou outro coração generoso que faz por merecer a misericórdia e o perdão divino.
Bettina: Mamãe pensa da mesma forma. O senhor vai tomar todas as providências necessárias? Afinal, nada pode dar errado. O senhor sabe como a mamãe é honesta e gosta que as coisas sejam feitas sempre de modo correto.
Carlos: Sim, Bettina, pode ir tranquila. Eu cuidarei de tudo, pagarei a diferença dos juros, conforme lhe prometi e Dona Lúcia pagará as prestações no novo prazo renegociado.
Bettina: Sei que posso confiar no representante desta loja. Afinal, somos clientes há tanto tempo e nunca tivemos problemas. Espero que continue assim. Mais uma vez obrigada, seu Carlos, tenha um bom final de tarde.
Carlos: Até breve! Volte sempre.
Bettina foi para o ponto-de-ônibus com o seguinte pensamento: “Quando existe união, compreensão e cooperação a cidadania está protegida.”

Aluna:
Amanda Caroline Feyh
7.º ano I – 19 de março de 2015.
Concurso de peça teatral promovido pela COOPERALFA

Tema: A cooperação como ferramenta para o desenvolvimento da cidadania.

Cooperando com a festa

A comunidade está reunida para preparar a sua grande festa. Todos estão empenhados. As mulheres já estão na limpeza geral.
Marcela: Só temos duas batedeiras. Como vamos dar conta de bater tantas massas para bolos, cuques, rocamboles...  E os recheios?
Raquel: Não se preocupe, Marcela. A Dóris e a Júlia vão trazer as batedeiras delas e eu vou doar uma para a comunidade.
Marcela: Que bom! Vai ajudar e muito! Se mais pessoas colaborassem e seguissem o seu exemplo, seria maravilhoso.
Seu Antônio, o presidente, foi à cooperativa e trouxe boas notícias a todos da comissão.
Antônio: Ganhei vários brindes para o nosso bingo e para a rifa. Temos aqui uma linda garrafa térmica, muitas mudas de erva-mate e lindos jogos de lençóis e toalhas. O melhor de tudo: o gerente garantiu que vem nos ajudar e também comemorar conosco.
Todos trabalharam felizes, cada um fazendo a sua parte e na maior harmonia. Seu João quis dar uma descontraída no ambiente e até tentou uma piadinha.
João: “Mulher é igual chuva, quando você acha que acabou, vem outra pancada!”
Homens a rir e as mulheres meio sem graça, mas no final tudo acabou em pastelada.
  
Aluna:
Andressa Cristina Zasnieski
8.º ano I – 19 de março de 2015.
Concurso de peça teatral promovido pela COOPERALFA

Tema: A cooperação como ferramenta para o desenvolvimento da cidadania.

quarta-feira, 18 de março de 2015

Adoção: uma boa ação

Bia e Dudu se encontram na rua por acaso.
Bia: Oi, Dudu, tudo bem?
Dudu: Tudo bem! E você Bia?
Bia: Estou bem! Alguma novidade?
Dudu: Nenhuma e você?
Bia: Comecei a fazer um curso de violão.
Dudu: Que legal!
Nesse momento, Bia vê um cachorrinho sendo abandonado por uma mulher que o largou no cruzamento, enquanto esperava abrir o semáforo. Em seguida, a motorista arrancou em boa velocidade, deixando o cachorrinho desesperado e correndo atrás do carro dela.
Bia: Olhe, Dudu! Que malvadeza!
Dudu: O que? Onde?
Bia: Lá na esquina. Aquele cachorrinho acabou de ser abandonado pela motorista de um Ônix vermelho.
Dudu: Vamos lá socorrê-lo.
Em poucos minutos os dois conseguem pegar o pequeno Basset, que estava com o coraçãozinho disparado de tanto correr.
Bia: Que fofinho! Como é que alguém tem a coragem de abandonar uma coisinha tão linda e tão indefesa?
Dudu: Pois é, como existem pessoas cruéis neste mundo.
Bia: Eu queria tanto ficar com ele, mas minha mãe não vai deixar, com certeza.
Dudu: Nem a minha.
Bia: Então, o que a gente vai fazer com ele?
Dudu: Já sei! Vamos levá-lo para um abrigo de animais.
Bia: Sim, que ótima ideia você teve.
Caminharam umas cinco quadras e chegaram a um abrigo de animais.
Bia: Boa tarde! O senhor pode nos ajudar?
Seu Francisco (atendente do abrigo): Claro, o que precisam?
Bia: Gostaríamos que o senhor acolhesse este cachorrinho que encontramos na rua.
Dudu: Queríamos ficar com ele, mas nossos pais não vão permitir.
Bia: E não podíamos deixar o coitadinho perecer lá no meio do trânsito ou passando necessidade abandonado.
Seu Francisco: Vou acolher o bichano. Afinal, estou aqui para isto. Ele é tão bonito, que logo, logo alguém vai querer adotá-lo, com certeza.
Bia: Obrigada! O senhor é tão generoso!
Seu Francisco: De nada, menina bonita! Pode me entregar o seu amiguinho peludo. Vou tomar conta dele até alguém adotá-lo.
Dudu: Obrigado, seu Francisco. Bia, vamos para casa antes que nossos pais fiquem preocupados com a nossa demora.
Seu Francisco: Tchau! Voltem quando quiserem.
Dudu: Voltaremos sim, para visitar o nosso amiguinho. Vamos chamá-lo de Talismã?
Seu Francisco: Combinado. Talismã!
Bia: Tchau, seu Francisco. Nós voltaremos.
Na porta da casa de Bia...
Dudu: Até amanhã, Bia.
Bia: Até! Não se esqueça da nossa visita ao Talismã.
Dudu: De jeito nenhum.
No dia seguinte, à tarde...
Dudu: Bia!
Bia: Já estou indo!
Dudu: Tudo bem?
Bia: Sim, estou tão feliz.
Dudu: Também tenho novidade, mas, conte-me primeiro o motivo de tanta felicidade.
Bia: Mamãe permitiu que eu adote o Talismã. E você, o que conta?
Dudu: Também posso adotar um cão, mas como sou cavalheiro cedo a você a preferência por Talismã.
Bia: Você é tão legal! Então, vamos rápido. Estou muito ansiosa.
Quando chegam ao abrigo de animais...
Dudu: Dissemos que voltaríamos...
Seu Francisco: Claro, fiquem à vontade.
Bia: Onde está o Talismã? Estou com tanta saudade dele!
Seu Francisco: Sinto muito, filha. Nosso amiguinho foi adotado hoje cedo.
Dudu: O senhor acha que vão cuidar bem dele?
Bia: Vão dar muito carinho a ele?
Seu Francisco: Sim. Uma família muito cuidadosa o adotou. Há duas meninas. Uma de 10 anos e a outra tem mais ou menos a idade de vocês.
Bia: Tomara que o Talismã tenha sorte. Eu vim aqui para ficar com ele, mas já que não é possível, gostaria de escolher outro cãozinho. O senhor pode me mostrar alguns, por favor?
Seu Francisco: Claro, com todo o prazer. Venham comigo até o canil.
Dudu: Já escolhi o meu. Virei buscá-lo hoje à noitinha com meu pai. É aquele Buldogue ali. Aquele filhote. Lá em casa há um pátio bem grande, há espaço para fazer um bom canil.
Bia: Eu quero um menorzinho. Deixe-me ver... Já sei! Aquele Pinscher pretinho ali no canto. Venha aqui Biscuit, venha!
Seu Francisco: Vá me dizer que o seu cãozinho acabou de ganhar um nome?
Bia: Sim, ele é tão pequenino. Acho que combina bem com ele: Biscuit! Eu vou levá-lo comigo agora. As vacinas dele estão em dia?
Seu Francisco: Sim, eu vou entregá-lo com seus respectivos documentos. Também vou registrar o seu endereço, Bia, o nome de seus pais, contato, etc., em nosso Livro de Controle.
Dudu e Bia saem do abrigo carregando Biscuit numa sacolinha e seus documentos num envelope amarelo.
Dudu: Logo mais, eu voltarei apanhar o meu Buldogue.
Bia: Tchau, seu Francisco. Que pena que eu não pude adotar o Talismã.
Dudu: Mas ele teve sorte. Ontem, ele quase foi atropelado.
Bia: Não vejo a hora de chegarmos em casa para eu mostrar o meu Biscuit para a mamãe e, depois, brincar com ele até cansarmos. Ele é lindo, não?
Dudu: Você é muito coruja, Bia. O meu Buldogue também é muito fofo.
Quando chegaram à casa de Bia...
Dudu: É a sua prima Júlia, aquela garota, Bia?
Bia: É sim! É a Júlia! Ela veio me visitar.
Já no pátio da casa...
Júlia: Bia, tenho uma surpresa! Venha ver!
Bia: O que é? Estou curiosa.
Júlia: Adotei um Basset hoje de manhã. Seu Francisco disse que ele já tem nome, que se chama Talismã!
Dudu e Bia se entreolharam sorrindo. Afinal, perceberam que poderiam continuar mantendo a amizade com Talismã.
Bia: Mal posso acreditar. Vamos poder vê-lo quase sempre? Que bom!
Dudu: Meninas, vocês me deem licença porque eu ainda tenho algo muito importante para fazer hoje. Adotar o meu Buldogue. Amanhã a gente se fala com mais calma. Beijos! Tchau.
Meninas: Tchau, Du!
Enquanto os cãezinhos abanavam seus rabinhos e não paravam de se farejar, prevendo o início de uma grande amizade e de muitas brincadeiras, Bia contou à Júlia como havia conhecido Talismã no dia anterior e o motivo de ter ficado tão feliz ao revê-lo.
A partir daquele dia, Dudu e Bia, sempre que podem, vão à casa de Júlia visitar a amiga e o cachorrinho por quem se apaixonaram à primeira vista.
Seria tão bom se mais pessoas cooperassem adotando animais abandonados. Assim, não haveria tantos bichinhos abandonados à própria sorte perambulando famintos e sem destino pelas ruas.
Como disse seu Francisco: “Cooperar com a defesa, proteção e preservação de todas as espécies de animais é um dever de cada cidadão.”

Alunas:
Bruna Ferreira de Mello
Isabella Ruda dos Santos
Jaqueline Silveira Ulinik
Marcelle Cristina Nicolak de Araujo
8.º ano I – 18 de março de 2015.
Concurso de peça teatral promovido pela COOPERALFA

Tema: A cooperação como ferramenta para o desenvolvimento da cidadania.

terça-feira, 17 de março de 2015

Salvando a lavoura

João, Maria, Eduardo e Daniel são agricultores na Colônia Cateto. Esta família é muito unida, trabalha em equipe, mas, de vez quando, precisa da cooperação de vizinhos e amigos para enfrentar alguns desafios.
João: Sei que você já trabalhou bastante hoje, Maria, mas estamos com muita fome. Será que você poderia preparar uma comidinha bem gostosa para nós?
Maria: Claro! Já sei que cozinhar sempre sobra para mim. Vocês estão com sorte, porque eu também estou faminta.
Eduardo, o mais velho, tinha 15 anos e Daniel tinha 11 anos.
Eduardo: Pai, vamos terminar a roça hoje?
João: Se Deus quiser, filho. Acho que até o final da tarde terminaremos esta empreitada.
Daniel: Então, vamos logo. Cedo o sol é mais fraco e nos judia menos.
Maria: Atenção famintos! Avançar o rancho! O café está pronto!
Grupo de homens: Oba! Obrigado, Maria. Venha lanchar conosco.
A família reuniu-se em torno da mesa. João fez uma pequena oração.
João: Vem, Senhor Jesus, nosso alimento abençoar. Conceda-nos a graça de colher e de plantar. Que nesta mesa sempre haja com que se alimentar. Amém!
Após o café, os homens da casa dirigiram-se à roça. Daniel chegou primeiro à lavoura e começou a gritar.
Daniel: Pai, pai! Venha correndo! Os bichos atacaram o milharal!
Naquela região havia muitos animais silvestres e era bastante comum catetos, veados e capivaras atacarem as roças.
João: Meu Deus! Olhe o prejuízo que esses animais nos deram! Vamos precisar organizar um mutirão para proteger a roça até o término da colheita.
Então, João voltou para casa e começou a telefonar para os seus vizinhos, parentes e amigos pedindo ajuda. Dentro de poucas horas um grupo de 15 pessoas já estava organizado para acampar na roça e protegê-la do ataque dos animais.
CARLOS (pai de João): A primeira coisa a fazer é estourar três rajadas de fogos de artifício para espantar os predadores para longe da roça. Depois acenderemos algumas achas de lenha semiverde para fazer fumaça ao redor da roça. Os animais não gostam de fumaça, pois se sentem ameaçados e fogem. Depois disso, faremos rodízio de patrulhas como nos outros anos.
Aquela equipe de voluntários ficou acampada durante quase dois meses guarnecendo a roça, enquanto João, sua família e mais alguns diaristas contratados se ocupavam da colheita. Quando parte da safra foi vendida e a outra parte já estava segura na Cooperativa União e Labor, seu Carlos liderou a organização de uma festa para que todos se divertissem como bem mereciam.
CARLOS: Agradeço a todos vocês, queridos companheiros. Mais uma vez, o sucesso da colheita se deve à cooperação e à solidariedade que existe em nossa comunidade. Além da festa, eu e o meu filho João dividiremos 20% do valor arrecadado com a venda dos produtos entre todo o grupo que contribuiu para o nosso sucesso na colheita.
15 Trabalhadores: Oba! Já percebemos que poderemos realizar algum sonho secreto com este dinheirinho extra!
Maria (esposa de João): Então, pessoal, vamos começar o arrasta-pé? Que tal brincarmos com a dança da vassoura?
Grupo (figurantes): Boa ideia, Maria. Vamos começar com um xote gauchesco?
Seguiu a dança, a cantoria, um saboroso churrasco e outras guloseimas.


Alunos:
Carlos Winter
Daniel Miguelissa
Emerson Carlos Olivette
Guilherme José dos Santos
9.º ano – 17 de março de 2015.
Concurso de peça teatral promovido pela COOPERALFA
Tema: A cooperação como ferramenta para o desenvolvimento da cidadania.