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terça-feira, 8 de julho de 2025

Fábula: A liberdade de escolha


Certo dia, o cachorro Nero se encontrou com a raposa Influencer e pararam para um rápido bate-papo. 

___ Como está, Influencer, tudo bem? Já faz um bom tempo que a gente não se encontra, né?

__ Tudo bem, Nero! Eu continuo me divertindo muito correndo atrás das galinhas. Não dou sossego a elas. Já estou até enjoada da carne de galináceos. Às vezes mato uma só pelo prazer de caçar.

__ Não compreendo como você pode se divertir causando sofrimento a outros animais, Influencer. Um dia você vai se arrepender de ser tão maldosa __ retrucou o cachorro __ você é muito cruel.

__ Vou me arrepender coisa nenhuma, Nero. Nesta vida o que conta é fazermos aquilo de que gostamos. Eu sempre penso primeiro em mim e faço tudo o que me agrada. Não costumo pensar no bem-estar dos outros ___ disse a raposa.

__ Por que você não tenta ser como eu, Nero? __ insistiu Influencer.

O cão respondeu:

__ Eu prefiro ter a vida de um cachorro normal. É melhor do que ser uma raposa egoísta que sente prazer em causar sofrimento aos outros animais. Bem, eu já estou indo. Quero curtir uma bela soneca na varanda. Tente rever suas atitudes Influencer. Tchauzinho!

__ Tchau, Nero! __ disse a raposa, aguçando o faro para ver se encontrava umas galinhas para atazanar.


Moral: “Cedo ou tarde, nossas escolhas trazem consequências.”


Aluna: Chaiane Nilsen 

 6.º ano II - Fábula reescrita - 08 de julho de 2025

Língua Portuguesa - NEJ Hermínio Milis

 

segunda-feira, 7 de julho de 2025

Resenha: O índio



RESENHA:

Passos, Edson Rodrigues dos. “O ÍNDIO”.


A crônica “O ÍNDIO”, de Edson Rodrigues dos Passos, fala sobre a matrícula de um índio Pataxó numa escola pública no ano de 1995. O fato causou o maior rebuliço na escola, pois nem a secretária nem a diretora sabiam o que fazer. Surgiram questionamentos e preocupações. A diretora foi pesquisar, a fim de saber o que dizia a legislação sobre os direitos do indígena e se, de fato, poderia ser efetuada a sua matrícula.

Chegado o primeiro dia de aula do silvícola, a direção, professores e funcionários disputavam o melhor lugar  para, escondidos, observarem o portão de entrada da escola. Chamaram até o delegado para acompanhar o caso. Enfim, o porteiro abriu o portão e olhou para a rua. De repente avistou um fusca rebaixado, de onde saiu um menino “roliço”, mascando chicletes, usando um boné do Chicago Bulls, calça jeans e camiseta, que foi logo perguntando ao porteiro:

___ Posso assistir às aulas com walkman?

A crônica critica a perspectiva da comunidade escolar sobre como seria o índio e também a falta de preparo da escola para tratar de situações que fogem à rotina do dia a dia. Fica clara a dificuldade que a escola tem de se adaptar às novas necessidades que surgem atualmente como, por exemplo, receber alunos de culturas ou línguas diferentes.

Eu gostei do modo como o autor mesclou a crítica e o humor e  recomendo a leitura da crônica para que mais pessoas possam apreciá-la e dar a sua opinião. 


Aluno: Eduardo Vinicius Pedrolo Nizer

8.° ano - Resenha reescrita - Data: 03 de julho de 2025

Língua Portuguesa - NEJ Hermínio Milis

 

domingo, 6 de julho de 2025

Resenha: O índio



 RESENHA:

Passos, Edson Rodrigues dos. “O ÍNDIO”.


Edson começa sua crônica questionando se alguém já teve uma conversa real com um índio. Muitas pessoas ainda têm um estereótipo desatualizado sobre os indígenas, achando que eles permanecem isolados nas florestas como antigamente. A crônica “O índio” é uma bela demonstração de que esse estereótipo não se aplica mais hoje em dia.

Em vários trechos do texto pode-se perceber que a escola não está preparada para lidar com determinadas situações da atualidade como, por exemplo, a matrícula de um indiozinho. Tanto a secretária, como os funcionários e a diretora ficaram surpresos e sem saber como agir quando um índio pataxó, usando dois penachos brancos na cabeça,  veio matricular o seu filho. A diretora ficou desesperada e foi até pesquisar na biblioteca sobre como proceder em tal situação. Também ligou para diretores de outras escolas para saber se já atenderam a um caso semelhante.

Sem nada que pudesse fazer para evitar, a diretora temia a chegada do indiozinho. E se ele visse nu?

Na segunda-feira, todos, sem exceção, aguardavam a chegada do novo aluno. O porteiro abriu o portão… Olhou para a rua e não viu ninguém. Entretanto, na esquina, viu um fusca rebaixado chegando, saiu dele um garoto roliço e usando trajes modernos: fones, boné do Chicago Bulls, tênis Reebok, calça jeans…Seria o famoso indiozinho?

Nesta crônica, o autor quebra diversos estereótipos e mostra como as escolas ainda não estão preparadas para receber pessoas de outras etnias, culturas e línguas.

Durante a leitura, fiz várias reflexões e senti o bom humor do autor em cada linha do texto. Por isso, recomendo-o devido ao estilo recheado de humor salpicado com assuntos sérios, que estão implícitos. Boa leitura!


Aluno: Ricardo Scorsatto Marció

8.° ano - Resenha reescrita - Data: 03 de julho de 2025

Língua Portuguesa - NEJ Hermínio Milis


Resenha: Carniça




RESENHA:

Pellegrini, Domingos. CARNIÇA.


A crônica “CARNIÇA”, escrita por Domingos Pellegrini, apresenta uma cena engraçada em frente ao Bar do Tião, que ainda estava fechado, pois a manhã estava apenas iniciando.

Enquanto esperam o bar abrir, dois homens conversam. Um deles diz que a mulher pediu para ele comprar rabada no açougue e também comentam sobre o fedor causado por um cachorro que havia sido atropelado há dias, criticando a prefeitura por não ter tomado nenhuma providência para remover o cão.

Os personagens têm uma fala peculiar e informal, que os aproxima do leitor. Pellegrini criou algumas expressões inusitadas para dar um charme especial ao texto: “cara de não-sei”. “cara de veja-só”, “antontem”, “fedô”, “é tudo uns vagabundo”.

Além de humor e crendices populares, a crônica traz reflexões sobre a vida na cidade e como as pessoas lidam com problemas cotidianos. De modo implícito, Pellegrini aponta temas preocupantes como o alcoolismo, a vadiagem e a falta de perspectiva de vida das pessoas que se entregam ao vício. Por outro lado, um terceiro personagem, que faz sua corrida matinal, dá um bom exemplo de cidadania ao enterrar o cachorro e resolver o problema do mau cheiro nas imediações do bar.

É uma leitura agradável, rápida e interessante para quem gosta de humor mesclado a temas que exigem reflexão e perspicácia. 


Aluna: Evelyn Milena Alonço dos Santos

8.° ano - Resenha reescrita - Data: 03 de julho de 2025

Língua Portuguesa - NEJ Hermínio Milis


terça-feira, 1 de julho de 2025

Resenha: Carniça

RESENHA:

Pellegrini, Domingos. CARNIÇA.


Na crônica CARNIÇA, Domingos Pellegrini utiliza  o humor para criticar cidadãos que dependem do governo ou do poder público para resolverem até mesmo pequenos problemas, que qualquer pessoa de bom senso poderia resolver. O autor, por meio de personagens, demonstra um bom e um mau exemplo de cidadania. 

Dois personagens representam o alcoolismo, a pobreza,  a vadiagem, a falta de higiene, a baixa escolaridade, a bisbilhotice e o pensamento equivocado de que apenas a Prefeitura teria a responsabilidade de enterrar ou de recolher o cadáver de um cachorro que fora atropelado e que já estava em processo de decomposição, causando mau cheiro nas imediações.

Outro personagem representa um cidadão asseado, discreto, que pratica uma corrida matinal e que tem iniciativa para resolver o problema do mau cheiro no local por onde passa.

A crônica fala sobre dois homens que estavam sentados no meio-fio esperando o Bar do Tião abrir. Ambos se coçavam e reclamavam do mau cheiro que o vento trazia e que já fazia uma semana que um cachorro fora atropelado e que os “vagabundos” da Prefeitura não tomavam providência. Eles reparam também que os tênis do homem que passou correndo não eram novos, porém eram bem branquinhos.

O homem que passou correndo, ao voltar, também sentou-se no meio-fio, esperou uma loja de material de construção abrir, emprestou uma pá, fez uma cova, enterrou o corpo do cachorro, devolveu a ferramenta e foi embora.

O humor aparece na maneira criativa com que Domingos Pellegrini constrói as falas dos bêbados e a narrativa como, por exemplo, neste trecho: “O outro faz cara de não-sei, coça de novo o pé, com o mesmo dedo coça o olho, depois pergunta ao homem”.

A leitura nos faz refletir como a falta de estudo, de objetivos e os vícios de modo geral comprometem a vida das pessoas, condenando-as à miséria e até mesmo à falta de dignidade humana, além de contribuir para o agravamento de problemas sociais.


Aluna: Gabriely Moreira de Camargo

8.° ano - Resenha reescrita - Data: 01 de julho de 2025

Língua Portuguesa - NEJ Hermínio Milis