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domingo, 19 de agosto de 2012

Que vontade de trabalhar!


Os pedreiros estão terminando de construir a lavanderia na casa onde eu moro. Eles trabalham de segunda à sexta-feira. Dias atrás, eu escutei uma conversa deles que era mais ou menos assim:
__ Cara, só falta um tijolo para eu terminar essa pequena parte. Se esse tijolo estivesse aqui, eu me livraria de ter de apanhá-lo lá em cima e de enfrentar aquela cachorrada chata. Pensando bem, vou buscar o tijolo amanhã. Assim eu aproveito para trazer mais alguma coisa que esteja faltando.
Sem querer, eu ouvi a conversa e vi um tijolo próximo à obra, apanhei-o e o entreguei ao pedreiro:
__ Meu amigo, aqui está o tijolo que você precisa. Poderá fazer agora o que ia deixar para amanhã.
__ É mesmo? Obrigado garoto. __ Disse o pedreiro meio contrariado.
__ Pare de fazer corpo mole, Alexandre! Ainda bem que o garoto trouxe-lhe o tijolo __ disse o outro pedreiro.
__ Sabe o que é, João, eu já estou cansado. Não vejo a hora de dar uma passadinha no bar e tomar uma cervejinha bem gelada.
__ Primeiro termine a empreitada do dia, Alexandre. Garanto-lhe que ainda sobrará tempo para o bar __ argumentou João.
__ Vou terminar essa parte hoje, mas amanhã já vou avisando que não virei trabalhar. Vou pescar com os meus amigos do bar __ disse Alexandre.
__ Você não se endireita mesmo, cara. Eu dei outra chance a você, pensando que me ajudaria o tempo todo, até terminarmos a obra __ disse João, decepcionado com seu ajudante.
__ Paciência, meu caro. Não sou máquina, tenho vontade própria. Amanhã, irei pescar. Estou com o palpite de que pegarei muito peixe __ insistiu Alexandre.
__ Já vi que vou trabalhar sozinho de novo. Isso é bom para eu não acreditar mais em pessoa que não cumpre o que promete.
Alexandre, mal-humorado, colocou o último tijolo do dia. Nem limpou suas ferramentas, deixou-as jogadas num canto. Pegou sua bicicleta e foi para o bar. Algum tempo depois, João terminou a sua parte, limpou todas as ferramentas, guardou-as no lugar certo e foi para casa aborrecido, pois sabia que seria difícil trabalhar sozinho no dia seguinte. A obra atrasaria mais um pouco e a patroa reclamaria outra vez.
Infelizmente, a falta de comprometimento profissional de muitos pedreiros é a dor de cabeça de pessoas que estão construindo. Na construção civil, há falta de profissionais capacitados e com vontade de trabalhar. Nesse ramo, a “picaretagem” é muito acentuada. É preciso cautela ao contratar pedreiros para não entrar numa enrascada.

Aluno: Thiago Roberto Herzog
8.ª série I – 17/08/12.
Aprendendo a escrever crônica.
Professora Walterlin F. Kotarski.

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