É
muito comum vermos no cotidiano pessoas atoladas em dívidas. Cito como exemplo
minha própria família, que já esteve endividada. Posso afirmar que na hora de comprar não se
deve agir por impulso, sem pensar. Muitas vezes, nem necessitamos de certos produtos,
mas basta estarem em promoção numa loja, que saímos correndo comprá-los.
Visivelmente, na vida de várias pessoas isso é um vício. Geralmente,
consideramos vícios os jogos de azar, as drogas e as bebidas alcoólicas, mas
pessoas continuamente endividadas também são viciadas em consumir. Compram sem
controle para satisfazerem um desejo momentâneo, não por uma necessidade real
do produto.
Nos
dias em que vivemos, é comum as pessoas serem consideradas pelos bens materiais
que possuem e não pelo caráter e qualidades morais. Assim, pelo desejo de
reconhecimento, atenção e status social centenas de pessoas se endividam para
mostrarem aquilo que têm. O nosso problema é que esquecemos a verdadeira
essência do ser humano, que é o caráter, a compaixão e o amor fraterno.
No
mundo capitalista, quanto mais a indústria continuar inovando em tecnologias e
produtos modernos e sofisticados como celulares, notebooks, eletrodomésticos,
carros, produtos de beleza, estética e tantas outras coisas, mais as pessoas
vão comprar por desejar ter o melhor e o mais moderno. Enquanto isso acontece,
o nosso planeta fica cada dia mais repleto de lixo eletrônico.
Logicamente,
o ser humano sempre será um consumidor de produtos e serviços, porém o planeta
Terra clama por atenção e cuidado. Até
quando ele suportará tanta agressão, poluição e destruição do equilíbrio do seu
complexo ecossistema? Cabe a cada um de nós ser um consumidor racional e
consciente, comprando e também descartando no lixo somente o que for
extremamente necessário. Se fizermos um exame de consciência, constataremos que
compramos muitas coisas supérfluas que, em pouco tempo, vão para o lixo. Precisamos
de mais autocontrole e de lembrarmos que mais importante que TER é SER feliz e
viver bem.
O
vazio da alma não se preenche com consumismo e sim com atenção, compaixão,
solidariedade, amizade, caridade e com a prática do bem. Quem é feliz precisa apenas
do necessário para viver plenamente.
Se
em alguma fase de nossa vida o consumismo nos atacar, lembremo-nos depressa que
há algo errado em nossa psique. É sinal que estamos querendo preencher com bens
materiais uma lacuna que está vazia em nossa alma. Uma forma de compensação
para alcançar o bem-estar, que certamente terá uma curta duração. Então, se não
acordarmos a tempo, entraremos no círculo vicioso do consumismo, do desejo de
comprar sem uma real necessidade. Isto não é bom nem para nós nem para o nosso
planeta. Uma vida sustentável não pode ser fundamentada somente em bens
materiais. Afinal, não é à toa que somos formados por corpo, alma e espírito.
Aluna:
Sarah
Tomal
Texto
argumentativo reescrito – Tema: Consumismo
9.º
ano I – 21 de junho de 2016 – Língua Portuguesa – Professora Walterlin F.
Kotarski
Núcleo
Educacional Jornalista Hermínio Milis.
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