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domingo, 26 de junho de 2016

A tentação do consumo

É muito comum vermos no cotidiano pessoas atoladas em dívidas. Cito como exemplo minha própria família, que já esteve endividada.  Posso afirmar que na hora de comprar não se deve agir por impulso, sem pensar. Muitas vezes, nem necessitamos de certos produtos, mas basta estarem em promoção numa loja, que saímos correndo comprá-los. Visivelmente, na vida de várias pessoas isso é um vício. Geralmente, consideramos vícios os jogos de azar, as drogas e as bebidas alcoólicas, mas pessoas continuamente endividadas também são viciadas em consumir. Compram sem controle para satisfazerem um desejo momentâneo, não por uma necessidade real do produto.
Nos dias em que vivemos, é comum as pessoas serem consideradas pelos bens materiais que possuem e não pelo caráter e qualidades morais. Assim, pelo desejo de reconhecimento, atenção e status social centenas de pessoas se endividam para mostrarem aquilo que têm. O nosso problema é que esquecemos a verdadeira essência do ser humano, que é o caráter, a compaixão e o amor fraterno.
No mundo capitalista, quanto mais a indústria continuar inovando em tecnologias e produtos modernos e sofisticados como celulares, notebooks, eletrodomésticos, carros, produtos de beleza, estética e tantas outras coisas, mais as pessoas vão comprar por desejar ter o melhor e o mais moderno. Enquanto isso acontece, o nosso planeta fica cada dia mais repleto de lixo eletrônico.
Logicamente, o ser humano sempre será um consumidor de produtos e serviços, porém o planeta Terra clama por atenção e cuidado.  Até quando ele suportará tanta agressão, poluição e destruição do equilíbrio do seu complexo ecossistema? Cabe a cada um de nós ser um consumidor racional e consciente, comprando e também descartando no lixo somente o que for extremamente necessário. Se fizermos um exame de consciência, constataremos que compramos muitas coisas supérfluas que, em pouco tempo, vão para o lixo. Precisamos de mais autocontrole e de lembrarmos que mais importante que TER é SER feliz e viver bem.
O vazio da alma não se preenche com consumismo e sim com atenção, compaixão, solidariedade, amizade, caridade e com a prática do bem. Quem é feliz precisa apenas do necessário para viver plenamente.
Se em alguma fase de nossa vida o consumismo nos atacar, lembremo-nos depressa que há algo errado em nossa psique. É sinal que estamos querendo preencher com bens materiais uma lacuna que está vazia em nossa alma. Uma forma de compensação para alcançar o bem-estar, que certamente terá uma curta duração. Então, se não acordarmos a tempo, entraremos no círculo vicioso do consumismo, do desejo de comprar sem uma real necessidade. Isto não é bom nem para nós nem para o nosso planeta. Uma vida sustentável não pode ser fundamentada somente em bens materiais. Afinal, não é à toa que somos formados por corpo, alma e espírito.

Aluna: Sarah Tomal
Texto argumentativo reescrito – Tema: Consumismo
9.º ano I – 21 de junho de 2016 – Língua Portuguesa – Professora Walterlin F. Kotarski
Núcleo Educacional Jornalista Hermínio Milis.

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