Não é uma escolha e sim uma decisão,
Partir do lugar que amo não é fácil aceitar,
Foi aqui que eu nasci e onde eu queria ficar.
Minha casa ficou distante,
Família e amigos também.
As vozes da vizinhança
E o cheiro do pão fresquinho
na memória se mantêm.
Chegar com as mãos vazias
Em outro país, é estranho.
Cruzei fronteiras sem mapas,
Senti medo e solidão,
Somente o acolhimento acalmou meu coração.
Aprender uma língua estranha
É um difícil desafio,
Mas a paz me encoraja
E não posso ser arredio.
Dentro da mala,
Bem pouco trouxe comigo.
Algumas fotos em família
Para amenizar a saudade
Em horas de vigília.
Nos pés, o único par de sapatos,
Na alma, sinto que quero voltar,
mas não posso,
porque aqui é o meu novo lar.
O clima tropical
Escurece a minha pele,
Mas é aqui que eu planto e colho
E, num futuro melhor, estou de olho.
Alunos:
Gabriele Santana dos Santos
Gabriel Laurindo Batista
9.° ano - 04 de junho de 2025 - Disciplina: Língua Portuguesa
Poema alusivo ao Dia do Imigrante: 25 de junho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário