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terça-feira, 25 de junho de 2013

Ladrão pede socorro



Sexta-feira, trânsito movimentado, clubes lotados, famílias saindo para aproveitar o fim de semana e ele, sozinho. O que tinha no bolso não chegava a vinte reais. Precisava de roupas novas, um bom par de tênis e saciar a fome que sentia. Mas o que fazer? Sem dinheiro, sem família...
Caminhava desolado, quando passava em frente a uma bela casa com piscina e um imenso jardim. Teve tempo de observar o jovem casal que se dirigia ao carro sorrindo e cheio de contentamento. Abriram-se os portões, saíram e os portões se fecharam novamente.
Naquele momento, maus pensamentos passaram pela cabeça daquele homem que observava a casa do outro lado da rua. Ele precisava de dinheiro urgentemente. Então, pegaria algumas coisas de valor para vender... Não viu escolha. Precisava entrar naquela casa, mas como? Em seguida, começou a planejar um esquema. Escalaria o muro, passaria para o telhado, desceria pela lareira e precisaria agir rápido.
Escalou o muro na parte mais próxima ao telhado. Era agora! Observou que não havia fogo na lareira. Era só descer pela chaminé, pegar algumas coisas de valor e sair pelo telhado. Foi. À medida que descia pela chaminé, o espaço ficava mais apertado. Nervoso como estava, demorou a perceber que poderia ficar entalado. Enfim, notou que algo estava dando errado. Não conseguia mais se mover, estava preso na chaminé. Sentiu o coração bater acelerado, calor, medo, arrependimento. Afinal, seu plano foi por água abaixo. Não tinha escolha. Tinha de esperar os donos da casa chegarem e pedir socorro. Certamente, chamariam a polícia e ele teria de arcar com as consequências dos seus atos. Teria que explicar o que estava fazendo ali... Foi um vexame danado. Polícia, bombeiros, imprensa e muitos curiosos...
Ao sair da prisão, aquele ladrão amador percebeu que o crime não compensa e decidiu seguir pelo caminho certo, do qual nunca deveria ter saído. De bandido à vítima. Essa experiência foi inesquecível e reparadora. Aquele homem provou do próprio veneno. Que lição de vida, hem!  Está certo aquele velho ditado que diz: “Quem não aprende com amor, aprende pela dor!”
   
Aluna: Roberta Viznievski
8.ª série II – 11/06/2013
Crônica reescrita – Língua Portuguesa

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