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domingo, 17 de março de 2024

Alcoolismo e violência doméstica

 

A violência doméstica é um flagelo social que transcende a imaginação. Muitas vezes o álcool é um ingrediente que agrava a violência no ambiente familiar. Vivemos num país em que o acesso às bebidas alcoólicas é muito fácil e o consumo é excessivo e diário.

O álcool com o seu poder de desinibir e de alterar o comportamento humano, pode intensificar emoções negativas e atos violentos. Infelizmente, muitos lares se tornam lugar de conflitos, brigas e agressões quando há um alcoólatra na família.

Muitas vezes a ingestão de bebidas alcoólicas ocorre para fugir de problemas, ansiedades, medos e baixa autoestima. O álcool entorpece, tira o foco do problema e traz a falsa impressão de que tudo está bem. Em pouco tempo de consumo, o álcool gera dependência e se torna um vício que vai deteriorando a vida do seu dependente na família, no trabalho e no convívio social. O dependente não aceita que o álcool faz aumentar a possibilidade de ações violentas e que diminui a cada dia a probabilidade de resolução de seus problemas. O alcoólatra geralmente é muito resistente à busca de ajuda para se livrar do vício. Na maioria das vezes, não admite que a sua vida está conturbada e indo à bancarrota por causa da bebida. Pelo contrário, ele assume a defesa do álcool, como se este fosse a única “coisa boa” de sua vida.

No Brasil, há poucas instituições para tratamento e recuperação de dependentes químicos e a demanda é muito grande. Geralmente o tempo de internação é longo e em condições precárias. Isto faz com que os dependentes rejeitem o tratamento ou o interrompam antes de estarem aptos para receberam alta autorizada pelos médicos.

No ambiente familiar, é relevante reconhecer que o álcool geralmente não é a causa principal da violência doméstica, mas ele ajuda a aflorar sentimentos e emoções ruins que já estavam na mente do indivíduo, funcionando como um agente que agrava uma situação pré-existente. Como o comportamento da pessoa alcoolizada se altera, fazendo-a sentir-se forte, destemida e poderosa, a violência se torna incontrolável e muitas tragédias acontecem.

É fundamental que a sociedade brasileira busque minimizar a violência doméstica, construindo uma convivência saudável e responsável nos relacionamentos e que estes tenham como principal fundamento o amor e o respeito mútuo. Além disso, é necessária a construção de novos padrões culturais, onde a presença e o consumo de substâncias tóxicas, entorpecentes e nocivas à saúde sejam banidas e rejeitadas no convívio social.

Penso que o poder público, as escolas e as igrejas podem contribuir para que esta mudança cultural aconteça, educando as crianças desde pequenas para que não aceitem o consumo de substâncias nocivas à saúde física, mental e psíquica. Das famílias devemos esperar o bom exemplo, abandonando o consumo de bebidas no seio familiar. Assim, com certeza, haverá mais paz, respeito e menos sofrimentos e traumas na vida de todos nós.

 

Aluno: Natan Rodrigues Ribeiro

9.º ano I – Artigo de Opinião Reescrito – 15/03/2024

                                        Disciplina: Língua Portuguesa 

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