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terça-feira, 15 de março de 2022

O horror da guerra se repete


 
Tudo começou no ano de 1914, na Ucrânia, onde uma menina de 11 anos, chamada Parasca Zaptchuk, é embarcada num navio para emigrar para um país mais seguro, a fim de fugir da guerra. Depois de 36 dias dentro de um navio, Parasca chegou ao Brasil sem nada além de algumas roupas dentro de um baú fechado a chave, porque naquela época não existiam malas. Tudo foi deixado para trás inclusive casa e família.

Passou-se algum tempo e, para conseguir melhores condições de vida, Parasca decidiu se casar com Teodoro Gulicz, que morava numa localidade chamada Aquiles Stenghel e era agricultor. Eles tiveram cinco filhos. Parasca também se tornou agricultora e aprendeu a cultivar fumo. Além disso, moía milho na jorna e costurava as roupas de toda a família. Viveram assim por vários anos.

Certo dia, o casal decidiu se mudar para Capão Grande e ali compraram terreno para plantio.

Depois de alguns anos, Teodoro Gulicz, faleceu aos 76 anos, com problema nos pulmões. Anos depois, Parasca morreu aos 107 anos, de causa natural.
Após o falecimento dos pais, um dos filhos do casal, chamado Basílio, casou-se com Mônica Lessenko e tiveram oito filhos, incluindo Nádia, que se casou com Metódio Kondrat em 1982. Metódio tinha 24 anos e Nádia 23. Os avós de Metódio também vieram da Ucrânia para o Brasil.

No dia 12 de abril de 1983 nasceu Cláudio Luiz Kondrat, o primeiro filho de Metódio e Nádia. Depois de algum tempo, Nádia descobriu que estava grávida de uma menina e decidiu que ela se chamaria Cláudia Kondrat, mas a bebezinha faleceu durante o parto.

Três anos depois, Nádia teve o terceiro filho, Vanderlei César Kondrat, que nasceu no dia 14 de novembro de 1990. Nádia achou que não teria mais filhos, porém teve uma bela surpresa. Descobriu que estava grávida de seu quarto filho, Cleverson Vilmar Kondrat, que nasceu no dia 26 de junho de 1992. Cleverson tornou-se um belo rapaz e muito namorador e logo teve o seu primeiro filho.

Claudio se casou com Claudia Narcizo e tiveram um casal de filhos.

A cultura ucraniana sempre foi cultivada em nossa família geração após geração. Todos sabem fazer Borscht, Syrniki, Panqueca de queijo cottage, Halushky (bolinho de massa), Kompot (bebida feita de frutas secas ou frescas) e Perohe. Os jovens da família são integrantes do grupo de dança Kalena. Temos muito carinho pelos bordados e artesanatos ucranianos que nossos antepassados foram ensinando para as novas gerações de nossa família. Mantemos viva entre nós a cultura ucraniana e nos adaptamos muito bem à cultura brasileira. Somos sempre muito gratos ao Brasil por ter acolhido os refugiados do leste europeu que precisaram fugir dos horrores de guerras. Infelizmente, em pleno século XXI, a Ucrânia está se transformando em escombros outra vez e milhares de refugiados buscam abrigo em diversos países. Quanta tristeza, mortes e dor. Que a paz seja restabelecida o mais breve possível.
 
 
Aluna: Daniela Camile Kondrat
9.º ano II – 15 de março de 2022
Memórias – Língua Portuguesa
Professora Walterlin F. Kotarski
                               Núcleo Educacional Jornalista Hermínio Milis 

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