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domingo, 18 de outubro de 2015

Boa colheita

Há uns dois anos eu odiava a leitura, não queria nem saber dela. Eu achava que era pura perda de tempo. Com isso, acabei baixando minhas notas em praticamente todas as matérias escolares, sem contar os inúmeros erros ortográficos que eu cometia cada vez que escrevia.
As notas insatisfatórias no boletim fizeram com que meus pais tomassem uma atitude mais rígida. Começaram a cobrar e a exercitar a leitura comigo em casa. Dessa forma, eu tinha que ler um livro em determinado tempo para poder escolher alguma coisa que eu gosto de fazer nos finais de semana, tais como: sair com as amigas, ir ao cinema, balada, entre outras. Mas isso só aconteceria quando eu terminasse de ler o livro.
No começo, achei muito chato. Ficava até mal humorada, pois os livros não eram muito pequenos. Com o passar dos dias, comecei a perceber que a leitura estava enriquecendo o meu vocabulário. Os meus textos foram melhorando e já levava menos tempo para escrevê-los. O tempo foi passando e as minhas notas melhoraram em quase todas as disciplinas. Ah! Lembram daquele probleminha de ortografia? Então, também melhorei nisso. Claro que alguns erros ainda existem, mas já diminuíram bastante.
Nesse momento, enquanto eu escrevia, a professora parou perto da minha carteira, leu o que eu escrevi e perguntou:
─ Isso é verdade mesmo, Bianca?
─ É sim! ─ respondi. Em seguida, ela sorriu e disse:
─ Seu Sílvio é “ponta-firme” como diria o personagem Grego da novela Paraisópolis.
Eu sorri também e continuei escrevendo.
Outra prova viva de que a leitura e a produção de textos valem a pena é o meu amigo Marcelo. Ele tinha um problema quando escrevia seus textos: trocava a letra T pela letra D, e a letra V pela letra F. Eu e minha turma percebemos que o Marcelo passou a praticar sistematicamente a leitura e a produção de textos. A professora foi corrigindo e o Marcelo reescrevendo com dedicação. A professora corrigindo e o Marcelo reescrevendo com dedicação... Até que um dia desses a professora perguntou:
─ Marcelo, você já percebeu que não troca mais aquelas quatro letrinhas?
─ Percebi, professora. Só não sei desde que dia eu parei de trocá-las.
─ Qual foi o dia que você parou de trocar as letras, eu também não sei. Mas o importante é que você se dedicou e persistiu até superar a sua dificuldade. Que bom que esta sua vitória aconteceu aqui, no Ensino Fundamental. Você é um exemplo de dedicação e superação para toda a turma.
Somos testemunhas de que Marcelo sempre faz suas tarefas de produção de textos e, segundo ele mesmo afirma, a cada produção encontra mais facilidade. Por isso fica aí a dica:
 ─ Leitura e produção de texto não é chatice. É investimento no seu autodesenvolvimento. É coisa para quem quer algo a mais. Para quem se propõe a superar desafios. Vamos juntos em busca do sucesso?

Aluna: Bianca Aparecida Brugnago
Crônica reescrita – 18 de outubro de 2015.
8.º ano II - Disciplina: Língua Portuguesa – Prof.a Walterlin
Núcleo Educacional Jornalista Hermínio Milis.

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