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terça-feira, 3 de maio de 2011

Jornal odioso

Certo dia, eu e meu irmão estávamos jogando videogame. Já havia anoitecido há algum tempo. Eram aproximadamente 20 horas, quando, de repente, mamãe se aproximou devagar, meio sem jeito, disfarçando e ficou nos observando... Passaram-se uns quinze minutos e ela não resistiu. Com a maior cara-de-pau, falou:

__ Meninos, eu quero assistir ao jornal.

Eu e meu irmão ficamos meio irritados, pois não queríamos desligar o videogame. Estávamos na metade de um jogo muito importante para nós. Tentamos iludi-la para jogarmos mais um pouco, mas mamãe não queria saber de mais nada, só queria assistir ao “seu” telejornal. Não demorou muito e chegou a minha vez de jogar. Então, tive uma ideia brilhante e arrisquei um gentil convite:

__ Mamãe, sente-se ao nosso lado. Que tal jogar conosco? A senhora vai adorar, tenho certeza!

Mamãe franziu a testa, ficou meio indecisa e disse:

__ Será que eu levo jeito para lidar com essa maquininha? Isso é coisa de gurizada moderna!

__ Deixe de bobagem, mamãe! A senhora é esperta e inteligente. Experimente! Tenho certeza de que vai conseguir. Quando for preciso, eu a ajudo, combinado? __ disse eu encorajando-a.

Enfim, ela aceitou e sentou-se conosco. O tempo passou sem que mamãe percebesse. Eu e meu irmão estávamos realizados, pois não desligamos o videogame. De repente:

__ Agora chega, meninos! Desliguem o videogame que eu quero ver o jornal. Quero saber o que está acontecendo no mundo __ ordenou mamãe. Com uma cara de “santo”, fiz-me de inocente:

__ Xiii, que pena mamãe, já são 22 horas e o seu jornal preferido já terminou!

__ Vocês me “enrolaram” direitinho, mas outra vez não me enganam. A hora do “meu” jornal é sagrada. Nesse horário a tevê é minha. Quem não quiser assistir às notícias, que procure outra coisa para fazer...

Mamãe continuou resmungando e recolheu-se para o seu quarto. Foi dormir... Hoje, a vitória foi nossa. Eu e meu irmão ficamos jogando até de madrugada. Já, de amanhã em diante, não se sabe... Pelo jeito, vamos ter que assistir ao telejornal ou procurar outra coisa para fazer...

Aluno: Claudir Rubik

8.ª série – Crônica – 03/05/11

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