Querido
filho, mais uma vez estarei longe no Dia dos Pais. A saudade dói. Dizem que
homem não chora, ainda mais caminhoneiro. Não é verdade. A vida na estrada é
feita de desafios e sacrifícios. Rodando, a gente aprende que a casa é apenas
uma parada, que é preciso seguir em frente. Mas nada disso é capaz de diminuir
o que eu sinto por você. Meu amor por você é maior que todas as estradas do
mundo.
Lembra
quando o pai prometeu que ia chegar e não chegou? O asfalto é testemunha da
minha luta para eu estar aí, juntinho com você. Espero que, um dia, você me
perdoe por essa desilusão que, involuntariamente, lhe causei. Destino a gente
não escolhe, filho, é escolhido por ele.
Longe
de você cada minuto parece uma eternidade e cada vez que eu volto, vejo que
você está diferente. Isso me faz perceber quantas fases de sua vida eu não
acompanhei, eu não vi e estava ausente. Será que houve momentos nos quais você
precisou de mim e eu não pude ajuda-lo?
Independente
da distância que nos separa com frequência, filho, ouso deixar-lhe esta mensagem:
Acredite nos seus sonhos e lute por eles.
A estrada da vida é longa e não tem atalho. Estude. Você só será verdadeiramente
livre quando escolher o seu próprio caminho. O meu já está escolhido. A estrada
é a minha paixão, mas você é o meu amor, o meu maior bem. Lembre-se sempre de
que eu o amo muito, muito. Um grande abraço do seu pai.
Aluno:
Jean
Peper
9.º ano II – Memórias - Semana da
Leitura - Outubro de 2016.
Disciplina: Língua Portuguesa –
Prof. a Walterlin F. Kotarski
Núcleo Educacional Jornalista
Hermínio Milis
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