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domingo, 28 de agosto de 2016

De pai para filho

Querido filho, mais uma vez estarei longe no Dia dos Pais. A saudade dói. Dizem que homem não chora, ainda mais caminhoneiro. Não é verdade. A vida na estrada é feita de desafios e sacrifícios. Rodando, a gente aprende que a casa é apenas uma parada, que é preciso seguir em frente. Mas nada disso é capaz de diminuir o que eu sinto por você. Meu amor por você é maior que todas as estradas do mundo.
Lembra quando o pai prometeu que ia chegar e não chegou? O asfalto é testemunha da minha luta para eu estar aí, juntinho com você. Espero que, um dia, você me perdoe por essa desilusão que, involuntariamente, lhe causei. Destino a gente não escolhe, filho, é escolhido por ele.
Longe de você cada minuto parece uma eternidade e cada vez que eu volto, vejo que você está diferente. Isso me faz perceber quantas fases de sua vida eu não acompanhei, eu não vi e estava ausente. Será que houve momentos nos quais você precisou de mim e eu não pude ajuda-lo?
Independente da distância que nos separa com frequência, filho, ouso deixar-lhe esta mensagem: Acredite nos seus sonhos e lute por eles. A estrada da vida é longa e não tem atalho. Estude. Você só será verdadeiramente livre quando escolher o seu próprio caminho. O meu já está escolhido. A estrada é a minha paixão, mas você é o meu amor, o meu maior bem. Lembre-se sempre de que eu o amo muito, muito. Um grande abraço do seu pai.


Aluno: Jean Peper
9.º ano II – Memórias - Semana da Leitura - Outubro de 2016.
Disciplina: Língua Portuguesa – Prof. a Walterlin F. Kotarski
Núcleo Educacional Jornalista Hermínio Milis


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