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sábado, 28 de setembro de 2024

Pouca prática


Certo dia, algumas estudantes de Psicologia vieram à nossa escola fazer uma palestra sobre o Setembro Amarelo. Em dado momento, durante a palestra, elas começaram a interagir com os alunos que estavam assistindo e pediram para alguns deles lerem uma sequência de slides, porém vários alunos se recusaram a ler e a participar. Então, uma das palestrantes mudou de tática e perguntou: “Quem gostaria de ler para nós, por favor?”  Finalmente, uns quatro alunos ergueram a mão, apresentando-se como voluntários. A palestrante escolheu um dos meninos, que teve boa vontade, mas ficou meio nervoso e inseguro, cometendo alguns equívocos durante a leitura.

Vendo tal cena, pode-se pensar que os alunos não são estimulados a ler na escola, mas, na verdade, os professores cobram a leitura praticamente todos os dias. Além disso, há empréstimo de livros da biblioteca e emissão de Ficha de Leitura, coisa que os alunos detestam fazer, porque não têm o hábito de ler o livro que emprestam, de fato, do começo ao fim. Então, como fazer uma boa Ficha de Leitura? As histórias ficam sempre pela metade e, é lógico, não fazem sentido para quem não as lê na íntegra. Ouve-se falar que detestam ler, que é chato, que dá tédio e etc. Isto faz parecer que a leitura é uma obrigação e não um prazer, como deveria ser para todos.

Enfim, várias tentativas são feitas pela escola, mas a leitura concorre com o celular e uma diversidade de mídias que, na maioria das vezes, não cooperam para desenvolver a linguagem, o conhecimento ligado ao currículo escolar nem para aumentar o poder de expressão. Por isso, o analfabetismo funcional está presente em grande parte dos alunos. Como diz a nossa professora, ler e aprender dá trabalho e muitos alunos só querem frequentar a escola, sem nenhum compromisso com a sua aprendizagem curricular. É uma pena! Certamente o arrependimento virá dentro de pouco tempo, pois, todos sabemos que a adolescência não dura para sempre e que o tempo perdido hoje em nossa formação básica, fará muita falta logo adiante. Quanto tempo ainda será necessário para entendermos que a leitura é um investimento em nosso potencial e não uma perda de tempo, uma chatice? 




Alunas:

Andriele Gontarek

Eduarda Marcon

Nicolle Fernanda Gomes

8.º ano - 24/09/24 - Língua Portuguesa - Crônica reescrita

NEJ Hermínio Milis

 

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