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segunda-feira, 1 de setembro de 2025

Resenha: Uma vela para Dario - Luiz Gustavo C. Costek


RESENHA DE CRÔNICA 

Título: UMA VELA PARA DARIO

Autor: DALTON TREVISAN


A crônica “Uma Vela para Dario”, narra a história de um homem, Dario, que havia sofrido um ataque cardíaco no meio da calçada. Muitos transeuntes pararam para observá-lo, se estava vivo ou não, mas ninguém tomou uma atitude adequada.

Apenas um tempo depois, um grupo o arrastou para um táxi, mas o motorista logo questionou quem pagaria a corrida. Decidiram, então, chamar a ambulância, que não chegou a tempo.

Por isso, alguém informou de uma farmácia na outra rua. Mas, pelo seu peso, foi largado em frente a uma peixaria. Já lá, um terceiro sugeriu que examinassem seus documentos. Identificaram seu nome, idade e sinal de nascença.

Após um tempo, a polícia chegou para identificar a vítima e comprovar seu óbito. Quando o guarda se aproximou, não conseguiu identificá-lo, pois estava com os bolsos vazios. Apenas um senhor piedoso se aproximou para colocar o paletó de Dario sob a cabeça, a fim de proporcionar-lhe algum conforto e dignidade, e um menino descalço veio com uma vela, que acendeu ao lado do cadáver. A multidão, começou a se espalhar, fecharam-se uma a uma as janelas e lá  estava Dario, sem paletó e com a vela queimada pela metade.

O autor, Dalton Trevisan, faz várias críticas veladas a temas muito sérios, como a falta de compaixão com Dario. Muitos só olhavam, sem intervir. A falta de comprometimento com o cadáver de Dario, pois abandonaram-no em frente a uma peixaria. Depois de algum tempo, as pessoas se dispersaram apesar de o cadáver continuar na rua. Dario morreu sem acolhimento e nenhum respeito.

O autor destaca principalmente a falta de iniciativa para a resolução de problemas, pois, mesmo o cadáver de Dario  permanecendo na rua, muitos só passavam e olhavam, sem ajudar o pobre homem. A linguagem da obra é séria, formal e envolvente, pois mexe com a emoção do leitor e provoca uma reflexão diante de tal situação.

Eu recomendo a leitura, por se tratar de um situação séria e crítica, que nos faz refletir sobre a necessidade de ajudarmos o próximo, de praticarmos a solidariedade e de exercitarmos a compaixão e a empatia. Afinal, nenhum de nós gostaria de ser abandonado numa situação de emergência e vulnerabilidade.  


Resenhista: Luiz Gustavo Claus Costek

7.° ano II - 01 de setembro de 2025

Disciplina: Língua Portuguesa - NEJ Hermínio Milis

 

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