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quarta-feira, 18 de março de 2015

Adoção: uma boa ação

Bia e Dudu se encontram na rua por acaso.
Bia: Oi, Dudu, tudo bem?
Dudu: Tudo bem! E você Bia?
Bia: Estou bem! Alguma novidade?
Dudu: Nenhuma e você?
Bia: Comecei a fazer um curso de violão.
Dudu: Que legal!
Nesse momento, Bia vê um cachorrinho sendo abandonado por uma mulher que o largou no cruzamento, enquanto esperava abrir o semáforo. Em seguida, a motorista arrancou em boa velocidade, deixando o cachorrinho desesperado e correndo atrás do carro dela.
Bia: Olhe, Dudu! Que malvadeza!
Dudu: O que? Onde?
Bia: Lá na esquina. Aquele cachorrinho acabou de ser abandonado pela motorista de um Ônix vermelho.
Dudu: Vamos lá socorrê-lo.
Em poucos minutos os dois conseguem pegar o pequeno Basset, que estava com o coraçãozinho disparado de tanto correr.
Bia: Que fofinho! Como é que alguém tem a coragem de abandonar uma coisinha tão linda e tão indefesa?
Dudu: Pois é, como existem pessoas cruéis neste mundo.
Bia: Eu queria tanto ficar com ele, mas minha mãe não vai deixar, com certeza.
Dudu: Nem a minha.
Bia: Então, o que a gente vai fazer com ele?
Dudu: Já sei! Vamos levá-lo para um abrigo de animais.
Bia: Sim, que ótima ideia você teve.
Caminharam umas cinco quadras e chegaram a um abrigo de animais.
Bia: Boa tarde! O senhor pode nos ajudar?
Seu Francisco (atendente do abrigo): Claro, o que precisam?
Bia: Gostaríamos que o senhor acolhesse este cachorrinho que encontramos na rua.
Dudu: Queríamos ficar com ele, mas nossos pais não vão permitir.
Bia: E não podíamos deixar o coitadinho perecer lá no meio do trânsito ou passando necessidade abandonado.
Seu Francisco: Vou acolher o bichano. Afinal, estou aqui para isto. Ele é tão bonito, que logo, logo alguém vai querer adotá-lo, com certeza.
Bia: Obrigada! O senhor é tão generoso!
Seu Francisco: De nada, menina bonita! Pode me entregar o seu amiguinho peludo. Vou tomar conta dele até alguém adotá-lo.
Dudu: Obrigado, seu Francisco. Bia, vamos para casa antes que nossos pais fiquem preocupados com a nossa demora.
Seu Francisco: Tchau! Voltem quando quiserem.
Dudu: Voltaremos sim, para visitar o nosso amiguinho. Vamos chamá-lo de Talismã?
Seu Francisco: Combinado. Talismã!
Bia: Tchau, seu Francisco. Nós voltaremos.
Na porta da casa de Bia...
Dudu: Até amanhã, Bia.
Bia: Até! Não se esqueça da nossa visita ao Talismã.
Dudu: De jeito nenhum.
No dia seguinte, à tarde...
Dudu: Bia!
Bia: Já estou indo!
Dudu: Tudo bem?
Bia: Sim, estou tão feliz.
Dudu: Também tenho novidade, mas, conte-me primeiro o motivo de tanta felicidade.
Bia: Mamãe permitiu que eu adote o Talismã. E você, o que conta?
Dudu: Também posso adotar um cão, mas como sou cavalheiro cedo a você a preferência por Talismã.
Bia: Você é tão legal! Então, vamos rápido. Estou muito ansiosa.
Quando chegam ao abrigo de animais...
Dudu: Dissemos que voltaríamos...
Seu Francisco: Claro, fiquem à vontade.
Bia: Onde está o Talismã? Estou com tanta saudade dele!
Seu Francisco: Sinto muito, filha. Nosso amiguinho foi adotado hoje cedo.
Dudu: O senhor acha que vão cuidar bem dele?
Bia: Vão dar muito carinho a ele?
Seu Francisco: Sim. Uma família muito cuidadosa o adotou. Há duas meninas. Uma de 10 anos e a outra tem mais ou menos a idade de vocês.
Bia: Tomara que o Talismã tenha sorte. Eu vim aqui para ficar com ele, mas já que não é possível, gostaria de escolher outro cãozinho. O senhor pode me mostrar alguns, por favor?
Seu Francisco: Claro, com todo o prazer. Venham comigo até o canil.
Dudu: Já escolhi o meu. Virei buscá-lo hoje à noitinha com meu pai. É aquele Buldogue ali. Aquele filhote. Lá em casa há um pátio bem grande, há espaço para fazer um bom canil.
Bia: Eu quero um menorzinho. Deixe-me ver... Já sei! Aquele Pinscher pretinho ali no canto. Venha aqui Biscuit, venha!
Seu Francisco: Vá me dizer que o seu cãozinho acabou de ganhar um nome?
Bia: Sim, ele é tão pequenino. Acho que combina bem com ele: Biscuit! Eu vou levá-lo comigo agora. As vacinas dele estão em dia?
Seu Francisco: Sim, eu vou entregá-lo com seus respectivos documentos. Também vou registrar o seu endereço, Bia, o nome de seus pais, contato, etc., em nosso Livro de Controle.
Dudu e Bia saem do abrigo carregando Biscuit numa sacolinha e seus documentos num envelope amarelo.
Dudu: Logo mais, eu voltarei apanhar o meu Buldogue.
Bia: Tchau, seu Francisco. Que pena que eu não pude adotar o Talismã.
Dudu: Mas ele teve sorte. Ontem, ele quase foi atropelado.
Bia: Não vejo a hora de chegarmos em casa para eu mostrar o meu Biscuit para a mamãe e, depois, brincar com ele até cansarmos. Ele é lindo, não?
Dudu: Você é muito coruja, Bia. O meu Buldogue também é muito fofo.
Quando chegaram à casa de Bia...
Dudu: É a sua prima Júlia, aquela garota, Bia?
Bia: É sim! É a Júlia! Ela veio me visitar.
Já no pátio da casa...
Júlia: Bia, tenho uma surpresa! Venha ver!
Bia: O que é? Estou curiosa.
Júlia: Adotei um Basset hoje de manhã. Seu Francisco disse que ele já tem nome, que se chama Talismã!
Dudu e Bia se entreolharam sorrindo. Afinal, perceberam que poderiam continuar mantendo a amizade com Talismã.
Bia: Mal posso acreditar. Vamos poder vê-lo quase sempre? Que bom!
Dudu: Meninas, vocês me deem licença porque eu ainda tenho algo muito importante para fazer hoje. Adotar o meu Buldogue. Amanhã a gente se fala com mais calma. Beijos! Tchau.
Meninas: Tchau, Du!
Enquanto os cãezinhos abanavam seus rabinhos e não paravam de se farejar, prevendo o início de uma grande amizade e de muitas brincadeiras, Bia contou à Júlia como havia conhecido Talismã no dia anterior e o motivo de ter ficado tão feliz ao revê-lo.
A partir daquele dia, Dudu e Bia, sempre que podem, vão à casa de Júlia visitar a amiga e o cachorrinho por quem se apaixonaram à primeira vista.
Seria tão bom se mais pessoas cooperassem adotando animais abandonados. Assim, não haveria tantos bichinhos abandonados à própria sorte perambulando famintos e sem destino pelas ruas.
Como disse seu Francisco: “Cooperar com a defesa, proteção e preservação de todas as espécies de animais é um dever de cada cidadão.”

Alunas:
Bruna Ferreira de Mello
Isabella Ruda dos Santos
Jaqueline Silveira Ulinik
Marcelle Cristina Nicolak de Araujo
8.º ano I – 18 de março de 2015.
Concurso de peça teatral promovido pela COOPERALFA

Tema: A cooperação como ferramenta para o desenvolvimento da cidadania.

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