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quinta-feira, 19 de março de 2015

Cooperação em série

Certo dia, Bettina estava navegando no facebook quando ouviu sua mãe chamá-la.
__ Bettina! Bettina!
__ O que é mamãe, já estou indo.
Lúcia (mãe de Bettina): Eu preciso que você vá até a Loja Camarada renegociar o meu crediário. Peça mais dois meses de prazo. Diga-lhes que eu gostaria de fazer uma doação para a Casa do Amor Fraterno, mas não tenho recursos suficientes para fazer a doação e pagar as prestações simultaneamente.
Bettina: Será que a loja vai aceitar a sua proposta? Eu vou tentar, mas não garanto nada, mãe. Vou tentar ir com a lotação das 15 horas.
Lúcia: Então, seja rápida, pois está em cima da hora.
Infelizmente, Bettina não conseguiu chegar a tempo no ponto-de-ônibus. Então, decidiu ir ao centro a pé sob um calor de 30 graus, quando, de repente, seu vizinho passou de carro e lhe ofereceu carona. Bettina aceitou, aliviada, e dez minutos depois já estava em frente à loja.
Bettina: Obrigada, seu Júlio. Sua carona me caiu do céu. Se eu viesse a pé, chegaria aqui frita ou teria uma insolação.
Júlio: Não precisa agradecer. Foi um prazer ajudá-la. Tchauzinho!
Bettina entra na loja e uma vendedora vem atendê-la.
Vendedora: Boa tarde! Em que posso ajudá-la?
Bettina: Boa tarde! Mamãe pediu para eu vir aqui renegociar o prazo do crediário dela. Posso falar com o gerente?
Vendedora: Sim, acompanhe-me até o escritório, por favor.
Chegando ao escritório...
Vendedora: Seu Carlos, há uma cliente que precisa falar com o senhor, pode atendê-la?
Carlos: Sim, faça-a entrar, por favor.
Bettina: Boa tarde, seu Carlos. Lembra-se de mim? Eu sou a Bettina, filha da Dona Lúcia Resende. Mamãe está trabalhando e pediu para eu vir renegociar o prazo do crediário dela.
Carlos: Qual é o motivo da renegociação?
Bettina: Bom, seu Carlos, o salário da mamãe não é dos melhores, como o senhor sabe, e ela gostaria muito de colaborar com a campanha que está sendo realizada em benefício da Casa do Amor Fraterno, que já está na fase final de construção. Só há um pequeno detalhe: mamãe não poderá pagar as prestações e fazer uma doação ao mesmo tempo. Por isso, ela está pedindo uma prorrogação de dois meses no prazo do crediário.
Carlos: Ah! Então é por uma boa causa. Deixe-me verificar o histórico de Dona Lúcia, como cliente desta loja.
Seu Carlos verifica, no computador, o cadastro e o histórico de pagamentos de Dona Lúcia e, depois, responde.
Carlos: Verifiquei que Dona Lúcia é nossa cliente há 12 anos e que sempre pagou suas obrigações rigorosamente em dia. Sendo assim, vou dar um voto de confiança a ela, estendendo o prazo do crediário por mais dois meses.
Bettina: O senhor nem imagina como mamãe vai ficar contente em poder cooperar com uma obra benemérita, seu Carlos.  Eu nem sei como lhe agradecer.
Carlos: Bettina, neste mundo nem tudo é perfeito. Para estender o prazo há um custo financeiro correspondente aos juros da renegociação.
Bettina: Logo vi que estava bom demais para ser verdade. Como é difícil ser pobre, honesto e caridoso neste país.
Carlos: Calma, Bettina, não desanime antes da hora. Você sabia que eu também estava pretendendo fazer uma doação para a Casa de Amor Fraterno?
Bettina: Verdade? Que bom! Quanto mais gente cooperar, melhor será para os doentes que precisam de uma instituição como essa.
Carlos: Pois é, filha, só que a minha doação vai ser de forma indireta. Como a financeira não perdoa juros a ninguém, sua mãe doa para a campanha e eu pago à financeira o valor correspondente aos juros da renegociação do crediário dela por mais dois meses. Tudo bem?
Bettina: Seu Carlos, eu estou sem palavras. Jamais imaginei que o senhor tomaria esta decisão. Creio que Deus está agindo na consciência das pessoas para viabilizar a conclusão desta obra tão necessária aos doentes que precisam tanto de ajuda na hora da dor e do sofrimento.
Carlos: Pois é, Bettina, a minha esposa costuma dizer que o mundo não acaba porque no meio de tanta violência, maldade e egoísmo sempre se encontra um ou outro coração generoso que faz por merecer a misericórdia e o perdão divino.
Bettina: Mamãe pensa da mesma forma. O senhor vai tomar todas as providências necessárias? Afinal, nada pode dar errado. O senhor sabe como a mamãe é honesta e gosta que as coisas sejam feitas sempre de modo correto.
Carlos: Sim, Bettina, pode ir tranquila. Eu cuidarei de tudo, pagarei a diferença dos juros, conforme lhe prometi e Dona Lúcia pagará as prestações no novo prazo renegociado.
Bettina: Sei que posso confiar no representante desta loja. Afinal, somos clientes há tanto tempo e nunca tivemos problemas. Espero que continue assim. Mais uma vez obrigada, seu Carlos, tenha um bom final de tarde.
Carlos: Até breve! Volte sempre.
Bettina foi para o ponto-de-ônibus com o seguinte pensamento: “Quando existe união, compreensão e cooperação a cidadania está protegida.”

Aluna:
Amanda Caroline Feyh
7.º ano I – 19 de março de 2015.
Concurso de peça teatral promovido pela COOPERALFA

Tema: A cooperação como ferramenta para o desenvolvimento da cidadania.

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