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terça-feira, 17 de março de 2015

Escolhas

Na adolescência, garotos e garotas criam o seu próprio mundo. Às vezes fazem escolhas equivocadas. Uns enveredam pelos caminhos do sucesso, outros pelos caminhos dos vícios e dos perigos.
Juliano: Fala aí galera, como vão?
Giba: Vichi, cara. Tá mal. Nós conhecemos um grupo que é muito gente boa. Chegue lá qualquer hora.
Juliano: Não sei não, Giba. Ouvi dizer que eles roubam e se drogam.
Jorge: Nós sabemos, mas é bom.
Juliano: Ah, sei lá gente!
Alguns dias depois, Juliano começou a aparecer no grupinho do crime. Lá se drogavam e faziam pequenos furtos para manterem o vício do crack e outras drogas.
Certo dia, o pai de Juliano chegou em casa e o encontrou revirando as gavetas à procura de dinheiro.
Juliano: Pai, me dá grana pro lanche!
Pai: Mas, filho, eu te dei R$ 50,00 reais ontem!
Juliano: Sim, mas alguns colegas não trouxeram lanche e eu quis ajudá-los.
O pai pensou um pouco, mas acabou dando mais R$ 20,00 para Juliano. Mal sabia ele que o filho já estava viciado. Alguns dias depois, começaram a desaparecer algumas joias da mãe de Juliano.
Dona Sandra (mãe de Juliano): Joaquim, você acredita que já sumiram aqui de casa uma pulseira, um relógio de pulso e um par de brincos? Já procurei por tudo e não encontrei.
Joaquim (pai de Juliano): Será que entrou algum ladrão aqui em casa?
Em seguida, Juliano chegou em casa com um sangramento.
Joaquim: Meu Deus, filho, o que houve?
Juliano: Não é da tua conta, velho enxerido!
Joaquim: Vamos ao médico agora!
Juliano: Eu não vou a médico nenhum! __ e derrubou o pai com um empurrão violento.
Quando amanheceu, seu Joaquim percebeu que Juliano escondeu algo em uma cômoda, no quarto. Seu Joaquim esperou Juliano sair e foi ver do que se tratava. Descobriu que era um cachimbo improvisado para consumir drogas.
No fim do dia, Juliano percebeu que o cachimbo não estava no lugar onde ele o havia deixado. Ficou nervoso e agrediu o pai.
Juliano: Caramba! Cadê o meu cachimbo, seu veio metido?
Joaquim: Pare! Pare de me agredir, senão eu revido!
Juliano: Me dá o meu cachimbo, seu desgraçado!
Seu Joaquim não cedeu e Juliano fugiu de casa. Ficou dois meses sem aparecer. Seu Joaquim e Dona Sandra na maior agonia, procurando em tudo quanto é lugar e nada. No terceiro mês, Juliano reapareceu em casa com uns desconhecidos.
Joaquim (triste e abatido): Quem são vocês? O que fizeram com o meu filho?
Daniel (um adolescente): Fique tranquilo seu Joaquim. Nós somos o grupo que está curando o seu filho. Somos ex-usuários de drogas e estamos tentando ajudar o Juliano a se livrar do vício como nós.
Edu: Seu Joaquim, aceite seu filho de volta em casa. Coopere conosco. Temos certeza de que o Juliano tem salvação. Já faz um mês que ele está limpo e frequentando as reuniões do nosso grupo de apoio. Ele se afastou daquele grupinho “barra pesada” com quem andava.
Juliano: Pai, eu estou arrependido. Estou me esforçando para largar o vício. Ajude-me, por favor!
Joaquim: Claro, filho! Pode contar comigo. Você aceita ajuda médica?
Juliano: Com o seu apoio e desses meus amigos, aceito. Assim me dá coragem de enfrentar a vergonha de ter mergulhado nas drogas.
Dona Sandra: Se você quer se recuperar, filho, conte conosco.
Daniel: Ele será um bom filho outra vez. O senhor vai ver, seu Joaquim!
Um ano se passou, Juliano cumpriu a promessa, continuou o tratamento médico e as reuniões com o grupo de apoio. Recuperou a autoestima, tornou-se confiável e de boa índole novamente, encontrou até uma namorada bonita e simpática.
Juliano: Daniel e Edu, eu quero agradecer a vocês, de coração. Vocês cooperaram muito comigo, foram pacientes, acreditaram em mim. Posso dizer que, hoje, vocês são os meus melhores amigos. Nem sei o que seria de mim se eu não os tivesse encontrado.
Edu: Não precisa nos agradecer, Juliano. Nós fizemos por você aquilo que outros fizeram por nós. Graças a Deus, ainda há gente boa neste mundo. Ainda há lugar para o bem, para a paz e para a virtude. Esse Deus maravilhoso está sempre nos abençoando, nos amando e nos defendendo do mal. Basta abrirmos o nosso coração para o bem e o nosso Pai do céu faz tudo por nós.
Dona Sandra: Filhos, venham tomar um suco de laranja! Está bem geladinho e gostoso.
Daniel: Obrigado, Dona Sandra. Não precisava se incomodar conosco.
Dona Sandra: Incômodo são as drogas e as más companhias. Vocês são a alegria da minha vida, meninos.
  

Alunos:
Lucas Ribeiro dos Santos
Marcos Roberto Fernandes Banak
Luiz Eduardo Habas Pimentel
Leandro Eggers Bilenki
9.º ano – 17 de março de 2015.
Concurso de peça teatral promovido pela COOPERALFA

Tema: A cooperação como ferramenta para o desenvolvimento da cidadania.

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