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sexta-feira, 13 de março de 2015

Aprendizagem e cooperação


Na sala de aula do 9.º ano, a professora de Língua Portuguesa está concluindo uma explicação sobre direito e cidadania.
Prof.ª de Português: Pessoal, é preciso que vocês entendam que a cooperação entre os cidadãos é muito importante num estado democrático. Imaginem que os direitos e os deveres de cada cidadão estejam representados no espaço correspondente a um quadrado. Se cada cidadão cumprir os seus deveres e exercer os seus direitos sem transgredir nem invadir o direito de outro, a sociedade conviverá em paz e harmonia. Lembrem-se sempre do que vou lhes dizer agora: “O direito de uma pessoa termina onde começa o direito de outra pessoa. O respeito ao direito de cada um é que torna possível a organização da sociedade democrática. O direito impõe limites às ações de cada indivíduo e as leis devem ser cumpridas.”
Prof.ª de Português: Então, pessoal, vocês entenderam o que significa cada pessoa viver dentro do quadrado de seus direitos e deveres?
Turma: Sim!
Prof.ª de Português: Então, quais são os seus direitos e os seus deveres na sala de aula? Ou, melhor dizendo: O que representa o “quadrado” ou os limites de vocês?
Daniel: Deixe eu responder, professora!
Prof.ª de Português: Diga, Daniel! Silêncio! Vamos ouvir, por favor!
Daniel: O nosso direito termina onde começa o direito do nosso colega. E para que haja um ambiente melhor na sala de aula, com mais aprendizagem e boa convivência, não devemos extrapolar os limites do nosso direito. Por exemplo, quando alguns alunos fazem bagunça e atrapalham uma aula, estão ferindo o direito dos demais colegas, que escutam cantilenas injustas da professora, perdem a concentração no tema e têm sua aprendizagem prejudicada.
Prof.ª de Português: Parabéns, Daniel! Você deu uma ótima explicação.
Bateu o sino e a aula de Português terminou.
Prof.ª de Português: Espero que vocês guardem estes ensinamentos para a vida de vocês. Tchau! Até a próxima aula.
A professora de Matemática entrou na sala.
Prof.ª de Matemática: Bom dia, alunos!
Turma: Bom dia!
Prof.ª de Matemática: Vou fazer a chamada, fiquem em silêncio!
A turma, que fazia bagunça, ficou em silêncio.
Prof.ª de Matemática: Alan, Carolina, Daniel, Danieli, Gerúndio, Jéssica, João, Júlia, Natália, Luan...
João: Luan, você virá ao Projeto do Meio Ambiente hoje à tarde?
Júlia: Ei, menino, fique quieto!
Prof.ª de Matemática: Silêncio, turma! Eu preciso ir até a sala dos professores apanhar um material, mas já volto. Enquanto isso, vão fazendo os exercícios da página 12, do número 01 ao 10.
A professora saiu da sala e começou uma bagunça generalizada. Uns jogavam bolinhas de papel, outros iam até a porta, outros derrubavam cadeiras...
Júlia: Head shot, boys!
Coral de risadas e vaias.
Alan: O que acha deste catiripapo? - (tapa na orelha de João).
João: Ah, seu filho da mãe! Você me paga.
Júlia: Por favor, fiquem quietos! Façam a tarefa!
Alan: Deixe de ser boba. A professora “vazô”! É bagunça geral.
Júlia: Preciso me concentrar! Não sou boa em Matemática. Como a professora de Português disse: “Cada um no seu quadrado!”
João: Tô nem aí! Vá se...
A professora de Matemática retornou à sala de aula.
Prof.ª de Matemática: Vá se “ o quê”, João?
João: Nada demais, professora. Vá se concentrar __ eu falei.
Prof.ª de Matemática: Então, estão conseguindo fazer a tarefa?
Turma: Nãããooo!
Prof.ª de Matemática: Então, vou dividi-los em duplas. Danieli e Alan; Daniel e Lúcia; Jéssica e Gerúndio; João e Julia...
João: Sai fora! Eu não vou fazer tarefa com essa “nerd”.
Prof.ª de Matemática: Ei, olhe o respeito com a colega, João!
João: Mas, professora...
Prof.ª de Matemática: Mas, nada! Juntem-se rápido!
As duplas se juntaram.
Júlia: Um ajuda o outro, beleza?
Alan: Tudo bem! Fazer o quê?
Jéssica fala para a dupla ao seu lado, Daniel e Lúcia.
Jéssica: Não tô entendendo nada, e vocês?
Lúcia: Também não! E agora?
Júlia ouviu a conversa dos colegas e trocou uma ideia com João.
Júlia: Ei, João, que tal pedirmos para a professora nos deixar ajudar as outras duplas?
João: Ah, sei lá. Faça o que você quiser.
Júlia e João foram pedir à professora autorização para auxiliarem os demais colegas. A professora permitiu e os dois passaram a ajudar os outros grupos.
Gerúndio: “Assa!” Não sei a número 2, João.
Júlia: Ah, mas eu sei! Já ajudo vocês.
Jéssica: Nós também queremos que você explique, Júlia.
Júlia: Ok! Atenção pessoal! Vocês somam este 2 com este 205, depois diminuem 186 e dividem por 2. O resultado será 10,5. Entenderam?
Duplas auxiliadas (Gerúndio e Jéssica / Daniel e Lúcia): Sim! Valeu, Júlia.
Todos os grupos terminaram a tarefa.
Júlia: Professora, todos já terminaram a tarefa.
Prof.ª de Matemática: Já, parabéns!
Jéssica: Terminamos porque um cooperou com o outro. Aí, ficou mais fácil. Bem que a outra professora disse que tudo funciona melhor quando há cooperação de cada cidadão, seja ele um homem ou um estudante.
Turma: É isso aí! A cooperação é essencial na convivência e no exercício da cidadania!
Júlia: Viram como a história do “quadrado” dá certo? Então, professora, a senhora nos deixa ensaiar uma paródia que fizemos? Queremos fazer uma surpresa para a professora de Português. Que tal? Deixa, por favor! Deixa!
Prof.ª de Matemática: Está bem, eu deixo. Caprichem! Quero ver se essa paródia ficou boa mesmo.
Júlia e Jéssica: Obrigada, professora! Você é gente boa. Então pessoal vamos nos organizar. Todos concentrados?
Jéssica: Atenção senhoras e senhores, temos o prazer de lhes apresentar o musical: (pausa) - Cooperação e Cidadania!
Toda a turma participa da coreografia. O refrão é cantado por todos e as estrofes por aqueles que tiverem maior dom para o canto ou recitação no ritmo funk ou rap.

Musical: Cooperação e Cidadania


Ado, ado, ado,
Cada um no seu quadrado!

Não transgrida, não invada,
Cada um tem seu direito.
Respeite o seu limite
E conviva com respeito!

Ado, ado, ado,
Cada um no seu quadrado!

A escola dá trabalho,
Mas promove a educação.
Cada um aprende mais,
Quando há cooperação!

Ado, ado, ado,
Cada um no seu quadrado!

Ambiente bem tranquilo,
Todo mundo à vontade.
Cada um se respeitando
E curtindo a amizade!

Ado, ado, ado,
Cada um no seu quadrado!

O meu direito
É igualzinho ao seu.
Não invada o meu,
Que eu respeito o seu!

Ado, ado, ado,
Cada um no seu quadrado!

A paz na convivência
Se constrói cooperando.
Cada um com seu direito,
Sempre alerta, vigiando!

Ado, ado, ado,
Cada um no seu quadrado!

Faça bem a sua parte
Como amigo e cidadão,
Pois no mundo há problemas
Aguardando solução!

Ado, ado, ado,
Cada um no seu quadrado!

Não fique nunca à margem,
Entre agora em ação,
Pois só há cidadania,
Quando há cooperação!

Ado, ado, ado,
Cada um no seu quadrado!

Democracia é bom,
Quando há interação.
O direito impõe limite,
E o dever obrigação!



Ado, ado, ado,
Cada um no seu quadrado!

Repudie a corrupção,
Cumpra a legislação.
Cidadão politizado,
Não permite ser lesado!

Ado, ado, ado,
Cada um no seu quadrado!

E você, que é político,
Faça bem o seu trabalho,
Seja honesto e ilibado,
Honre o voto e o erário!

Ado, ado, ado,
Cada um no seu quadrado!

A cooperação
É o coração da cidadania,
E o respeito às leis
Consolida a democracia!

Ado, ado, ado,
Cada um no seu quadrado!


Está mais do que na hora
De se unir e cooperar
A moral e a honestidade
É preciso resgatar!
Acabar com a impunidade
E o direito triunfar!

Ado, ado, ado,
Cada um no seu quadrado!

Brasileiros bem unidos
Vigiando os seus eleitos,
Trabalhando e se educando,
Nossa pátria ainda tem jeito!

Ado, ado, ado,
Cada um no seu quadrado!
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Original: Dança do quadrado
Sharon Acioly
Sharon Axé Moi



Alunos:
Alex Marinho Dalpra
Andressa Maria dos Santos
Jhenifer Janaína Sott de Ramos
Vanessa Gabrieli dos Santos
9.º ano – 13 de março de 2015.
Concurso de peça teatral promovido pela COOPERALFA
Tema: A cooperação como ferramenta para o desenvolvimento da cidadania. 

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