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terça-feira, 19 de setembro de 2017

Sentimento à flor da pele


É estranho pensar em como nossos sentimentos mudam rapidamente, em como eles surgem inesperadamente. Podem ser bons ou ruins, normais ou estranhos. Eles podem aflorar num simples sorriso.
Um tempo atrás, eu estava esperando o ônibus quando, de repente, um garoto sentou-se ao meu lado. Assim que o vi, senti-me atraída por ele apesar de não conhecê-lo. Então, começamos a conversar. O meu coração batia cada vez mais acelerado e uma sensação que eu nunca sentira antes crescia dentro de mim a cada instante. Mas, como nem tudo são flores, ele contou-me que tinha namorada. No momento em que ele me disse isso, senti minhas pernas tremerem e um desconforto percorreu meu corpo inteiro. Senti-me tão pequena e insignificante. Em questão de segundos os meus sentimentos mudaram. Uma mistura de ciúme, mágoa e revolta. Um aperto na garganta. Um mal-estar.
Talvez exista paixão à primeira vista, mas ela precisa ser recíproca para não ser frustrante.
Daquele dia em diante, comecei a não deixar meus sentimentos tão expostos. Decidi não me sensibilizar diante do um primeiro sorriso ou de uma primeira lágrima. Percebi que o amor verdadeiro é construído no dia a dia e fundamentado na afinidade que brota do caráter e da confiança mútua. O amor é um sentimento demonstrado em pequenos gestos, atenções, cuidados e carinho que nutrimos pela pessoa amada. O amor correspondido nos traz bem-estar, tranquilidade e paz de espírito. Aprendi que amar exige tempo e esforço para fazer o outro feliz e que a felicidade do outro completa a minha própria felicidade.

Aluna: Camile Vitória dos Santos
9.º ano III – Crônica reescrita – 19 de setembro de 2017
Prof.a Walterlin F. Kotarski – Língua Portuguesa

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