É estranho pensar em
como nossos sentimentos mudam rapidamente, em como eles surgem inesperadamente.
Podem ser bons ou ruins, normais ou estranhos. Eles podem aflorar num simples
sorriso.
Um tempo atrás, eu
estava esperando o ônibus quando, de repente, um garoto sentou-se ao meu lado.
Assim que o vi, senti-me atraída por ele apesar de não conhecê-lo. Então,
começamos a conversar. O meu coração batia cada vez mais acelerado e uma
sensação que eu nunca sentira antes crescia dentro de mim a cada instante. Mas,
como nem tudo são flores, ele contou-me que tinha namorada. No momento em que
ele me disse isso, senti minhas pernas tremerem e um desconforto percorreu meu
corpo inteiro. Senti-me tão pequena e insignificante. Em questão de segundos os
meus sentimentos mudaram. Uma mistura de ciúme, mágoa e revolta. Um aperto na
garganta. Um mal-estar.
Talvez exista paixão
à primeira vista, mas ela precisa ser recíproca para não ser frustrante.
Daquele dia em
diante, comecei a não deixar meus sentimentos tão expostos. Decidi não me
sensibilizar diante do um primeiro sorriso ou de uma primeira lágrima. Percebi
que o amor verdadeiro é construído no dia a dia e fundamentado na afinidade que
brota do caráter e da confiança mútua. O amor é um sentimento demonstrado em
pequenos gestos, atenções, cuidados e carinho que nutrimos pela pessoa amada. O
amor correspondido nos traz bem-estar, tranquilidade e paz de espírito. Aprendi
que amar exige tempo e esforço para fazer o outro feliz e que a felicidade do
outro completa a minha própria felicidade.
Aluna: Camile Vitória dos Santos
9.º ano III – Crônica reescrita –
19 de setembro de 2017
Prof.a Walterlin F.
Kotarski – Língua Portuguesa
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