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terça-feira, 5 de setembro de 2017

Vida autônoma


Certa tarde minha mãe me disse:
__ Amanhã você e o Mauro irão para a escola.

Então, eu fiquei pensando que a escola era um prédio bem alto, mas a minha irmã Silmara começou a descrevê-la para mim e eu percebi que se tratava de algo bem diferente daquilo que eu estava imaginando.

No dia seguinte, o trajeto até o ponto-de-ônibus foi bom. Porém, assim que eu embarquei, senti um aperto no coração e uma imensa falta da mamãe ao meu lado. Tentei me acalmar, pois a Silmara estava comigo. Quando chegamos à escola, eu fiquei agarrado nela, pois estava me sentindo inseguro e desprotegido naquele ambiente estranho e cheio de gente que eu nunca tinha visto antes. Então Silmara me disse:
__ Solte-me, Bruno! Vá para sua sala, pois a sua professora está lhe chamando.

Eu não fui de jeito nenhum. Todas aquelas pessoas estranhas só me deixavam com medo. Então, a professora Andreia veio me buscar, pegou-me no colo e me levou. Comecei a chorar sem parar. Eu não entendia por que eu e a Silmara tínhamos que ficar em salas separadas. Foi difícil me acalmar. A diretora Arlete trouxe água para mim. Eu comecei a tomar e logo fui me ambientando com os meus novos coleguinhas que me davam ursos e carrinhos para eu brincar.

Com o passar dos dias, fui percebendo que a distância da família nos faz ficar mais fortes, mais autônomos e capazes de nos defender e de enfrentar nossos medos e inseguranças. Vamos aprendendo a tomar nossas próprias decisões e a fazer nossas escolhas, assumindo as responsabilidades e consequências que elas originarem. O tempo vai passando e nós vamos amadurecendo psicológica e intelectualmente para sermos donos do próprio destino, pois os pais, infelizmente, não duram para sempre.

Aluno: Bruno Felipe de Lima Alonço
9.º ano III – Crônica reescrita – 31 de agosto de 2017
Prof.a Walterlin F. Kotarski – Língua Portuguesa

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